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Esquadrão Imortal – Vasco 1997-1998

Vasco_1997
O elenco de 1997. Em pé: Sorato, Márcio, Carlos Germano, Alex, Mauro Galvão, Válber, Nélson e Odvan. Agachados: Edmundo, Maricá, Felipe, Pedrinho, Ramon, Mauricinho, Nasa, Juninho Pernambucano e Luisinho.

 

Grandes feitos: Campeão da Copa Libertadores da América (1998), Campeão Brasileiro (1997) e Campeão Carioca (1998).

Time-base: Carlos Germano; César Prates (Vágner), Mauro Galvão, Odvan e Felipe; Nasa, Luisinho, Juninho Pernambucano e Pedrinho (Ramon); Edmundo (Donizete) e Evair (Luizão). Técnico: Antônio Lopes.

“Um delicioso Centenário”

Por Guilherme Diniz

O torcedor vascaíno não aguentava mais ver na galeria de campeões da Copa Libertadores apenas uma equipe do Rio de Janeiro: o Flamengo, maior rival do time cruzmaltino. Aquela hegemonia estadual deveria acabar o quanto antes. Mas como igualar o feito do esquadrão de Zico, Adílio, Andrade e Júnior da década de 80? Oras, com uma equipe técnica, competitiva, habilidosa, com revelações irresistíveis e com atacantes matadores. Foi assim que o Vasco começou a sua epopeia no ano de 1997, ao vencer de maneira brilhante e com o regulamento embaixo do braço o Campeonato Brasileiro, quando Edmundo marcou nada mais nada menos que 29 gols, recorde histórico do torneio quando disputado nos moldes de mata-mata. O “Animal” jogou demais naquele ano, mas não pôde ficar para a disputa da almejada Libertadores de 1998, ano do centenário do time carioca. Nem Evair, parceiro do craque, ficou. O time precisava de uma dupla tão afiada quanto os dois consagrados atacantes para poder ter alguma chance na competição continental.

Pois foi quando veio outro animal, o Donizete “Pantera”, e o especialista em Libertadores, Luizão. Pronto. O Vasco estava novamente competitivo. E foi com eles, mais nomes como o seguro Carlos Germano no gol, o experiente Mauro Galvão na zaga, o habilidoso Felipe na lateral e os criativos Ramon e Juninho Pernambucano no meio de campo que o Vasco venceu o Carioca e a Libertadores, em pleno ano do centenário. Que festa! Melhor que isso, só o Mundial Interclubes. É, seria incrível, mas o Real Madrid, ou melhor, o atacante Raúl, não deixou… Mas não importa. O que ficou para a história foram os bailes que aquele Vasco deu na sua brilhante trajetória que encantou o Brasil por dois anos. É hora de relembrar.

 

Molecada boa de bola

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No começo da década de 90, o Vasco chorou a aposentadoria de seu maior ídolo, Roberto Dinamite. Porém, os torcedores teriam pouco tempo para tristeza. Em 1997, o Vasco começava a montar um time que faria história como nenhum outro Vasco. A equipe ganhou reforços preciosos em seu plantel com uma garotada boa de bola: Pedrinho, Felipe e Juninho Pernambucano tinham estrela e mostravam uma habilidade formidável com a bola nos pés. Para dar mais segurança para essa molecada, o clube carioca apostou em Mauro Galvão, 36 anos e já consagrado, que virou o xerife do time e o principal responsável pelo paredão Odvan virar um deus na zaga do time. Os volantes eram Luisinho e Nasa que, se não primavam pela técnica, tinha fôlego e raça pura (elementos ótimos para uma Libertadores…). No gol, Carlos Germano, super identificado com o clube desde 1991. No ataque, Edmundo e Evair reeditaram a dupla de sucesso do Palmeiras bicampeão brasileiro em 1993 e 1994. O técnico Antônio Lopes tinha em mãos um esquadrão de respeito. O desafio da temporada seria, obviamente, o Campeonato Brasileiro.

 

Bola pra Edmundo que ele resolve

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Edmundo faz graça: o que o atacante jogou em 1997 não está escrito!

 

Com uma ótima equipe, o Vasco começou o Brasileiro como um dos favoritos ao título, ao lado do Palmeiras, do Flamengo e do Internacional. O time de São Januário mostrou sua força no decorrer da competição e entupiu os adversários de gols, ou melhor, Edmundo entupiu. Que o diga o pobre União São João, que levou 6 gols do Animal em apenas uma partida. Ele calava os críticos, na bola, que tanto o azucrinavam desde a fatídica final do Campeonato Carioca daquele ano, em que rebolou como provocação pra cima do botafoguense Gonçalves e viu, depois, seu time perder o título. O craque liderou o time e o Vasco terminou na primeira colocação geral, com 54 pontos e 17 vitórias em 25 jogos. Com isso, o time teria a vantagem de decidir em casa se fosse para a final.

 

Shows decisivos

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No Brasileiro daquele ano, os oito classificados disputaram um quadrangular com partidas de ida e volta. O líder de cada grupo estaria classificado para a final. O Vasco enfrentou Flamengo, Juventude e Portuguesa. O time começou com tudo contra os gaúchos do Juventude, no Sul, e venceu por 3 a 0. No jogo seguinte, empate em 1 a 1 contra o rival Flamengo. Em seguida, duas vitórias sobre a Portuguesa por 2 a 1, no Rio, e 3 a 1, em SP.

 

Animaaaal!

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O jogo seguinte era contra o Flamengo novamente. Era praticamente um duelo virtual pela vaga na final. Mas o que era para ser uma partida disputada virou um show de Edmundo. O craque marcou 3 gols na goleada do Vasco por 4 a 1, que praticamente colocaram o time na decisão (o time empatou em 1 a 1 com o Juventude o último jogo e se garantiu na final). De quebra, Edmundo quebrou o recorde do atacante Reinaldo que durava 20 anos e se tornou, naquela noite, o maior artilheiro em uma só edição do Campeonato Brasileiro, ao chegar aos 29 gols em 16 jogos, uma média espantosa de 1,8 gols por jogo! O talentoso Vasco iria decidir o Brasileiro. O adversário seria o temível Palmeiras.

O Vasco de Edmundo: o time era forte em todos os setores do campo, mas no ataque era um estrondo só com o Animal, Evair, Ramón e Juninho.
O Vasco de Edmundo: o time era forte em todos os setores do campo, mas no ataque era um estrondo só com o Animal, Evair, Ramon e Juninho.

 

Regulamento embaixo do braço, polêmicas e título

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O Vasco poderia jogar por dois empates contra o Palmeiras que venceria o título de campeão brasileiro, por ter melhor campanha. Sabendo disso, o time parece que entrou na decisão obstinado a empatar os dois jogos contra o Palmeiras. Na primeira partida, um susto: Edmundo levou o terceiro cartão amarelo e estava fora da decisão, no Maracanã. Porém, orientado pelo banco do Vasco, o jogador forçou a sua expulsão, o que garantiria uma tentativa de efeito suspensivo nos tribunais durante a semana. Dito e feito.

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O Vasco empatou sem gols no Morumbi, Edmundo foi julgado e pôde jogar a final. No Maracanã, o Vasco novamente levou o jogo em banho maria, os goleiros brilharam mais que os atacantes, e um novo 0 a 0 garantiu, mesmo que de maneira “xoxa”, o terceiro título nacional do Vasco. Era a consagração de Edmundo e de uma turma jovem e boa de bola. A vaga na Libertadores, justo no ano do centenário, estava garantida.

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A perda do craque. E a(s) boa(s) reposição

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Em 1998, Edmundo aceitou uma oferta da Fiorentina, da Itália, e partiu para o futebol europeu. Para piorar, Evair também saiu para jogar na Portuguesa e, depois, no seu querido Palmeiras. O Vasco estava sem ataque! Mas o então presidente Antônio Soares Calçada não queria, de jeito nenhum, fazer feio justo no ano do centenário do clube. E logo o mandatário contratou os goleadores Donizete e Luizão para compor o pelotão de frente do time de São Januário. E deu mais que certo.

 

Rei do Rio

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O Vasco mostrou que estava tinindo com os novos atacantes e com o esquadrão campeão nacional logo no campeonato carioca. O time nem deu graça ao torneio e venceu a Taça Guanabara e a Taça Rio, eliminando a chance de uma final legítima. Foram 11 vitórias, 1 empate e 2 derrotas em 14 jogos, com 29 gols marcados e apenas 8 sofridos. O estadual serviu como treino para o grande sonho do time na temporada: a Libertadores da América.

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O começo do sonho

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O time carioca caiu no Grupo 2 da competição, ao lado do Grêmio e dos mexicanos do América e do Chivas Guadalajara. Inexperiente no torneio, o clube penou para se classificar, mas conseguiu a segunda posição, com duas vitórias, dois empates e duas derrotas nos seis jogos disputados. Os pontos altos foram as vitórias por 3 a 0 sobre o Grêmio, no Rio, e 2 a 0 sobre o Chivas, também no Rio, esta última que praticamente garantiu a classificação. Nas oitavas de final, o time encarou outro brasileiro: o Cruzeiro, então campeão da competição no ano anterior. Mas o Vasco não se intimidou e venceu por 2 a 1 o primeiro jogo, no Rio, e empatou sem gols no Mineirão. O time carioca estava nas quartas.

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Novo duelo local

O Vasco encarou novamente o Grêmio, mas dessa vez nas quartas de final. No primeiro jogo, no Olímpico, empate suado em 1 a 1. Era a vantagem que o time precisava para a volta, em casa. Com gol de Pedrinho aos 39´ do primeiro tempo, o Vasco venceu o tricolor por 1 a 0 e se garantiu na semifinal. O adversário seria o duríssimo River Plate.

 

Duelo épico

O Vasco sabia que tinha que fazer um bom resultado em casa contra os argentinos do River Plate, que tinham uma excelente equipe ainda baseada no time vencedor da Libertadores de 1996. No São Januário abarrotado de gente, o time brasileiro mostrou força desde o início, e um gol de Donizete logo aos 10´ do primeiro tempo decretou a magra vitória por 1 a 0. Era pouco? Era. Mas o time teria que tentar ao menos um empate no Monumental de Núñez para ir à final.

 

Juninho eterno

O Vasco sentiu a pressão da casa do River e começou perdendo o duelo decisivo nas semifinais. Porém, o time soube encarar de igual para igual o duro adversário, mas não conseguia marcar. Apenas um gol bastava para o time. Foi então que, aos 37 minutos do segundo tempo, o Vasco tem uma falta a seu favor. De longe. Juninho foi para a bola. Partiu…Bateu… E gol! Golaço! Era o gol de empate e da classificação vascaína à final! Nunca um gol foi tão comemorado. E tão épico. O Vasco calava o Monumental e se garantia, com raça e coração, na final da Libertadores. De quebra, o clube eliminava o terceiro campeão continental recente, afinal, além do River Plate (campeão em 1996), já haviam ficado para trás o Grêmio (campeão em 1995) e o Cruzeiro (campeão em 1997).

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Dupla desfila na final

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A final foi contra o surpreendente Barcelona (EQU), que havia eliminado o tradicional Cerro Porteño nas semifinais e o Colo Colo nas oitavas. Porém, o Vasco mostrou força e tratou de despachar a zebra logo de cara. No primeiro jogo, em casa, Donizete e Luizão fizeram os gols da vitória por 2 a 0. Na volta, novamente a dupla de matadores vascaína deu show, e cada um marcou o seu na nova vitória do Vasco, dessa vez por 2 a 1, que deu o inédito título da Libertadores ao clube de São Januário.

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Era a cereja no bolo do centenário do time. Que jeito melhor de comemorar 100 anos de história vencendo o troféu mais desejado das Américas? Era bom demais para o mais otimista torcedor do Vasco. Era o topo para um time arisco, rápido, habilidoso e matador. O que faltava para aquele esquadrão? Claro, o Mundial Interclubes.

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Tinha um Raúl no meio do caminho…

O mesmo time que encantou na conquista da Libertadores entrou em campo no estádio Nacional de Tóquio, no Japão, para tentar conquistar o mundo, na decisão do Mundial Interclubes de 1998. O adversário era o Real Madrid, que já dava suas primeiras mostras “galáticas” com craques do naipe de Roberto Carlos, Panucci, Hierro, Redondo, Seedorf, Mijatovic e o jovem Raúl. O Vasco, mesmo sabendo enfrentar um time até melhor tecnicamente, jogou muito futebol. Vendo os melhores momentos do jogo (lá embaixo, em “extras”) podemos ver que o time brasileiro entrou com fome de bola e decidido a vencer o torneio. Porém, três lances decidiram o jogo a favor do Real Madrid. O primeiro foi o gol contra do volante Nasa, que cortou com a cabeça para dentro do gol de Carlos Germano um chute de Roberto Carlos, no primeiro tempo.

Juninho (à dir.) celebra o gol de empate ao lado de Luisinho e Odvan.

 

Na segunda etapa, Juninho, num golaço, empatou o jogo para o Vasco. Faltando apenas 7 minutos para o fim do jogo e início da prorrogação, o segundo lance fatídico: Seedorf lançou Raúl, que driblou dois zagueiros do Vasco e marcou um dos gols mais bonitos da história do Real Madrid: 2 a 1 para os espanhóis. O Vasco lutou para empatar, até surgir o derradeiro lance capital: no bate e rebate na área, a zaga do Real conseguiu tirar em cima da linha um gol certo do Vasco. Era o fim. Lutando, jogando de igual para igual e bonito, o Vasco perdia o jogo mais importante de sua história. O centenário, que até então estava perfeito e glorioso, sofria seu primeiro e único baque. Mesmo com a tristeza, aquele ano já estava mais do que marcado na história. Leia mais sobre essa grande final clicando aqui.

 

Ano de fôlego e brilho posterior

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O Vasco não foi o mesmo em 1999. Mesmo com a conquista do Torneio Rio-SP, o time não apresentou o futebol que o consagrou em 1997 e 1998. Foi um ano de ressaca depois de tantos títulos, que culminaria, em 2000, com a volta do famoso bordão “o Vasco é o time da virada”, em uma episódio mágico que o Imortais relembrou aqui também aqui. O marco do time campeão estadual, brasileiro e da América é inigualável até hoje no clube de São Januário. Desde aquela época, o torcedor espera por um novo Vasco retumbante em habilidade, técnica, raça e gols como aquele que tinha Edmundo, Evair, Pedrinho, Juninho, Ramon, Mauro Galvão, Carlos Germano, Donizete e Luizão. Talvez em breve uma nova geração brilhe no time cruzmaltino. Mas conseguir as façanhas que aquele esquadrão conseguiu será bem difícil. Um timaço imortal.

 

Os personagens:

Carlos Germano: seguro e ótimo em posicionamento, Carlos Germano foi o goleiro símbolo do Vasco nos anos 90. Colecionou títulos e foi peça importante na taça do Brasileiro de 1997.

César Prates: lateral direito, Prates teve seu brilho no time principalmente quando apoiava o ataque. Pena que não ficou para as conquistas do centenário.

Vágner: polivalente, Vágner virou lateral no Vasco de 1998. E foi muito bem! Antônio Lopes soube usar o jogador em diferentes posições ao longo da temporada.

Mauro Galvão: experiente e consagrado no futebol nacional defendendo as cores do Internacional, Mauro Galvão mostrou que ainda tinha lenha para queimar em 1997 e 1998. Foi o capitão do time e um dos melhores zagueiros do Brasil, sendo eleito Bola de Prata no Brasileiro de 1997. Crucial nas dicas de posicionamento e estilo de jogo para o seu companheiro de zaga, Odvan. Sua liderança foi essencial para garantir o sucesso do Vasco naquela época. Ídolo no clube até hoje. Leia mais sobre ele clicando aqui!

Odvan: o corpulento zagueirão virou um mito nos dois anos gloriosos do Vasco. Ao lado de Mauro Galvão, Odvan conseguiu mudar seu estilo de jogo e atuar com mais inteligência, além de impor respeito.

Felipe: extremamente habilidoso, mas sem velocidade, Felipe dava cadência ao time lá atrás, na zaga. Mesmo assim, apoiava com precisão o ataque e até marcava gols. Jogou muito naqueles dois anos e encantou o torcedor vascaíno com seus dribles e passes.

Nasa: o volante raçudo foi bem até a fatídica final do Mundial Interclube de 1998, quando marcou o gol contra que dificultou a vida do Vasco naquele jogo. Por conta desse erro, saiu manchado do clube.

Luisinho: já havia atuado em diversos clubes até chegar ao Vasco com 32 anos. A idade serviu apenas como experiência, pois Luisinho correu muito, marcou muito, e foi o motor do time no meio de campo.

Juninho Pernambucano: era um dos craques do time, e não usava o Pernambucano à época. Entrou para o rol dos imortais do Vasco ao marcar o golaço que deu a classificação à final para o time de São Januário. Formidável no chute, ótimo no passe e com uma visão de jogo privilegiada, Juninho foi cerebral naqueles dois anos. Depois de anos no Vasco, foi ser ídolo no Lyon multicampeão francês.

Pedrinho: o meia Pedrinho sempre jogou muito, mas sofreu a maior parte de sua carreira com lesões. Agora, imagine ele sem lesões. Aí sim! Inteiro, foi peça chave para o Vasco nos principais títulos do clube no período. Porém, quebrou a perna em 1998 e ficou de fora da decisão do Mundial…

Ramon: na ausência de Pedrinho, era Ramon quem administrava as investidas ao ataque ao lado de Juninho. Técnico, marcou gols importantes e era ótimo nas cobranças de falta.

Edmundo: o “Animal” viveu o auge de sua carreira no Vasco. O que Edmundo jogou em 1997 foi um estrondo. Era ele brilhando no Brasil, e o Ronaldo na Espanha. O país teve o privilégio de contar com os maiores matadores do futebol naquele ano. O craque foi a figura responsável pelo título nacional do Vasco. E ganhou a Bola de Ouro e a nota 10 como o maior astro do torneio. Ídolo do torcedor até hoje.

Donizete: foi o “animal” que chegou para recompor o espaço no ataque com a saída de Edmundo. O Pantera mostrou suas garras e foi decisivo na Libertadores, principalmente na final, quando marcou gol nos dois jogos.

Evair: é sempre lembrado como o parceiro ideal de Edmundo. E foi assim no Vasco. Ao lado do “Animal”, Evair deu passes açucarados e também marcou seus gols, sendo outra peça chave na conquista do Brasileiro.

Luizão: o homem da Libertadores, Luizão mostrou seu lado matador na competição continental em 1998 e foi essencial na conquista. Marcou gol nos dois jogos da final contra o Barcelona (EQU).

Antônio Lopes (Técnico): o jeito calmo e sereno de Antônio Lopes contrastou com a endiabrada equipe que ele montou em campo. Foi o auge da carreira do treinador e é lembrado até hoje pelos torcedores por seus notáveis feitos no time e nos canecos conquistados.

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Extras:

Show animal

Edmundo marcou 3, e o Vasco matou o Flamengo nas semifinais do Brasileiro de 1997.

Juninho eterno

Juninho fez um golaço contra o River Plate. E colocou o Vasco na final da Libertadores.

 

Melhor da América

O Vasco jogava pelo empate. Mas venceu de novo o Barcelona (EQU) e conquistou a América.

 

 

Foi um jogaço. O Vasco jogou melhor. Mas deu Real. Veja os melhores momentos.

 

Primeiro tempo

 

Segundo tempo

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Comentários encerrados

12 Comentários

  1. Como a maioria da história desse esquadrão o Imortais já lembrou de forma sempre brilhante, vou em alguns pontos particulares do meu hoje sofrido coração vascaíno:

    – Sendo eu vascaíno, surpreendo e até levo a indignação meus demais amigos quando afirmo: Edmundo foi monstruoso em 1997, mas demos sorte dele ter saído do clube para a disputa da Libertadores de 1998. Opinião sincera, um grande craque, mas nunca foi um jogador de equilíbrio em competições sul-americanas ou em mata-mata, acho que ia botar tudo a perder em algum momento (como na Supercopa de 1997). E o Mauro Galvão era justamente o contrário, além de raçudo e líder, era outro craque, sempre foi o capitão de fato daquele time;

    – Tenho uma certa frustração daquele duplo 0x0 na final de 1997. Pelos times que se enfrentaram, era para ter rolado vários gols;

    – A vibração e o drama que senti, na torcida para o Vasco da Gama segurar no fim o River Plate, naquela semifinal em 1998, me fizeram ignorar até então a surpresa da outra semifinal: até o gol do Juninho, a final mais provável era River Plate x Cerro Porteño do Paraguai. Aí, com o empate vascaíno aos 37 do segundo, o River não foi para final, e aos 45 minutos do segundo tempo em Assunção, o Barcelona de Guayaquil desconta para 2×1 o placar, e leva para os pênaltis. Aí, na marca do cal, deu Barcelona. A notícia veio para mim como uma bomba, pois eu já esperava que íamos pegar o Cerro no Defensores, e que iríamos sofrer lá. Aquela mudança de adversário (anunciada, não esqueço nunca, pelo Léo Batista) foi o momento em que senti que seríamos campeões daquela Libertadores!!!;

    – Mais que sentir sua falta contra o Real Madrid em Tóquio, a verdade é que aquela contusão do Pedrinho contra o Cruzeiro detonou um dos maiores craques daquela geração. Uma pena mesmo, eu já via esse moleque jogando na Europa e talvez sendo melhor de mundo.

    Obrigado pela lembrança a essa época de ouro, feita pela já épica equipe do Imortais!!! Acho que vocês poderiam pensar em um esquadrão imortal dos Imortais, a começar pelo grande Guilherme Diniz rs

  2. Trabalho primoroso, como sempre. Só discordo do ano de 99, pq o vasco jogou muita bola. Perdeu a libertadores por vacilo e o brasileiro por azar. Poderia ter feito um só esquadrão 97-2000 mas ficou bem legal, de todo jeito, tanto esse como o de 2000

  3. Esse Vasco era demais! E o que o Edmundo fez foi inesquecível! Pelo que ele fez pelo Vasco e também pelo Palmeiras 1993-1994, sugiro ao Imortais colocá-lo na seção de craques. Acho que ele foi um craque ANIMAL! e IMORTAL!

  4. timaço esse do vasco! artigo maravilhoso tb eu só trocaria no inicio a parte “Mas como igualar o feito do esquadrão de Zico, Adílio, Andrade e Júnior da década de 80? ” por: “como o igualar o feito de jose roberto wright da década de 80?” ahahahaha!
    mas brincadeiras à parte, parabens pelo belissimo artigo e abraços vascainos!!!

    GIANTE SEMPRE SERÁ GIGANTE!!!
    VASCO ETERNAMENTE!!!!

  5. O vasco era uma máquina, mesclava jogadores com pouca habilidade mas, muito raçudos como Vitor, Odvan ,Luizinho, Nasa. Com jogadores de muita habilidade, como Edmundo e Evair em 1997, Donizete e luizão 1998, Juninho Pernambucano, Ramon, Pedrinho, Mauro Galvão, Felipe (1997/1998) e por último claro, o nosso goleiro que não era o melhor goleiro do Brasil, mas era um dos melhores da época, Carlos Germano.

  6. Eu acho que o vasco nunca mais vai ter um time desse tão técnico, tão raçudo e ao mesmo tempo habilidoso, como esse o time que mesclava raça, de jogadores pouco habilidosos como Nasa, Luizinho, Odvan e Vitor com jogadores extremamente habilidosos como Edmundo Evair em 1997, e Luizão e Donizete1998, e a base de jogadores habilidosos desses dois anos, Ramon, Juninho pernambucano, Pedrinho, Mauro Galvão, e por último o goleiro que não era o melhor do Brasil, mas era muito bom, ( Carlos Germano)!!!!!!!!!

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