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Esquadrão Imortal – Celtic 1965-1970

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Em pé: Craig, Gemmell, McNeill, Simpson, Murdoch e Clark. Agachados: Johnstone, Wallace, Chalmers, Auld e Lennox.

 

Grandes feitos: Campeão da Liga dos Campeões da UEFA (1966-1967), Pentacampeão Escocês (1965-1966, 1966-1967, 1967-1968, 1968-1969 e 1969-1970), Bicampeão da Copa da Escócia (1966-1967 e 1968-1969), Pentacampeão da Copa da Liga Escocesa (1965-1966, 1966-1967, 1967-1968, 1968-1969 e 1969-1970) e Tetracampeão da Copa de Glasgow (1965, 1967, 1968 e 1970). Foi o primeiro clube britânico a vencer a Liga dos Campeões da UEFA.

Time base: Ronnie Simpson (Evan Willians); Jim Craig, Billy McNeill, John Clark e Tommy Gemmell; Bobby Murdoch, Bertie Auld (George Connely) e Jimmy Johnstone; Willie Wallace (John Hughes), Stevie Chalmers e Bobby Lennox. Técnico: Jock Stein.

 

“Os Leões de Lisboa”

Por Guilherme Diniz

No dito popular do futebol, é comum dizer que craque se faz em casa. Hoje em dia, são raros os times que conseguem criar e lapidar suas promessas e fazer com que elas joguem o fino pelo clube que as revelou. Mais difícil ainda é fidelizar essas promessas com o objetivo de tornar o clube campeão, vencedor e lembrado. Mas houve um clube, talvez o único, que conseguiu formar um timaço somente com jogadores pratas da casa e nascidos num raio de 30 milhas da cidade de Glasgow (ESC), sua sede: o Celtic. O clube escocês fez história em seu país e na Europa por jogar um futebol eficiente, vistoso e bonito, indo no caminho totalmente contrário proposto por outro esquadrão da época, a Internazionale (ITA). E foi justamente contra os italianos que o Celtic conquistou o título mais importante de sua história, a Liga dos Campeões da UEFA de 1966-1967, que enterrou simbolicamente o Catenaccio de Milão. Além daquela taça, o time alviverde venceu outros quatro troféus em uma única temporada, alcançando a incrível marca de cinco taças conquistadas. O único título que escapou dos comandados de Jock Stein foi o Mundial Interclubes, perdido para a Academia de Avellaneda do Racing (ARG). O Imortais relembra agora as façanhas do maior time que a Escócia já teve. E o pioneiro da Grã Bretanha na Liga dos Campeões.

 

Pratas de Glasgow

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Em 1965, o Celtic completava mais de uma década sem um título do campeonato nacional. A torcida do time vivia das lembranças do torneio de 1954 e dos títulos da Copa da Escócia de 1954 e da Copa da Liga em 1958. Foi então que chegou ao clube o técnico que iria mudar para sempre o Celtic: Jock Stein, que já havia sido técnico do clube na década de 50, mas deixou o comando pelo fato de ser protestante, ao contrário do que o Celtic pregava em sua estrutura, de só admitir católicos (!). Em sua volta, Stein começou a formar um time jovem e totalmente formado nas categorias de base do Celtic, além do fato curioso de que todos haviam nascido num raio de 30 milhas da sede do clube, em Glasgow.

O começo dos trabalhos foi repleto de altos e baixos, com o time ainda em formação e em busca de um padrão de jogo. Stein focava o jogo rápido e ofensivo em seu plantel, e era contra o futebol praticado pelo grande time da época, a Internazionale, então bicampeã europeia e mundial que economizava nos gols, abusava da retranca e praticava o futebol chato, com pequenos lampejos de alguns craques. Depois dos ajustes, Stein conseguiu formar um time forte e competitivo, baseado nos talentos de Gemmell, Murdoch, McNeill, Clark, Chalmers, Johnstone, Hughes, Lennox e Auld.

 

As primeiras glórias

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Já na temporada de 1965, a torcida do Celtic voltou a gritar é campeão com os títulos da Copa da Escócia, após vitória por 3 a 2 sobre o Dunfermline Athletic, com dois gols de Auld e um de McNeill, e da Copa Glasgow, com goleada por 5 a 0 sobre o Queen´s Park. Os canecos serviram como estímulo para o time focar no torneio nacional com grandes chances de conquista.

Na temporada 1965-1966, os comandados de Stein foram, enfim, campeões escoceses com 27 vitórias, três empates e quatro derrotas em 34 jogos, com 106 gols marcados e 30 sofridos. Outro titulo conquistado foi a Copa da Liga Escocesa, com vitória por 2 a 1 sobre o maior rival, o Rangers, com dois gols de Hughes. Os reveses da temporada foram para o mesmo Rangers, na Copa da Escócia, e na Recopa Europeia, quando o time foi eliminado pelo Liverpool nas semifinais. Mas a torcida não ligou. O caneco nacional possibilitava ao time disputar a Liga dos Campeões da UEFA. E com grandes chances de vencê-la.

 

A temporada mágica

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Com um esquadrão entrosado, bem definido, e que jogava um futebol muito bonito e ofensivo, às vezes até num 4-2-4, o Celtic fez da temporada 1966-1967 a sua temporada definitiva para entrar para a história. A equipe não deu trégua para os rivais no país e venceu todos (isso mesmo, todos) os campeonatos que disputou. O Campeonato Escocês veio com 26 vitórias, seis empates e apenas duas derrotas em 34 jogos, com vertiginosos 111 gols marcados e apenas 33 sofridos. A Copa da Liga foi conquistada com um gol salvador de Lennox, com mais de 94 mil pessoas no gigante Hampden Park. A Copa da Escócia foi fácil, com vitória por 2 a 0 sobre o Aberdeen (dois gols de Wallace). Para fechar, título da Copa Glasgow, com direito a goleada por 4 a 0 sobre o rival Rangers e 4 a 0 no Partick Thistle na final. Mas, além dos títulos nacionais, faltava a cereja do bolo: a Liga dos Campeões da UEFA.

 

Para fazer história

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O Celtic debutou na Liga contra o Zürich (SUI), em casa, e venceu por 2 a 0, com gols de Gemmell e McBride. Na volta, na Suíça, nova vitória, por 3 a 0, com gols de Gemmell (2) e Chalmers. Na fase seguinte, o time voltou a vencer as duas partidas, dessa vez contra o Nantes (FRA), por 3 a 1 fora de casa (gols de McBride, Lennox e Chalmers) e novo 3 a 1 na Escócia (gols de Johnstone, Chalmers e Lennox). Nas quartas de final, duelo disputado contra o Vojvodina, da Iugoslávia. Na primeira partida, vitória dos iugoslavos por 1 a 0. Na volta, em Glasgow, vitória por 2 a 0 com o gol da classificação marcado aos 45´do segundo tempo por McNeill (o primeiro foi de Chalmers).

Na semifinal, contra o Dukla Prague (RCH), o Celtic definiu a classificação para a grande final na primeira partida, na Escócia, ao vencer por 3 a 1, com gols de Johnstone e Wallace (2). Na volta, o 0 a 0 garantiu os escoceses pela primeira vez na história em uma final europeia. O adversário seria a temida Internazionale.

 

Vitória do futebol

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A final da Liga dos Campeões da UEFA de 1966-1967 seria disputada no Estadio Nacional de Lisboa, em Portugal. Celtic e Internazionale fariam um duelo de opostos: de um lado, o futebol ofensivo e talentoso do Celtic. Do outro, a absurda retranca da Internazionale, que praticava há anos o Catenaccio e conseguia grandes feitos e títulos graças a ele. Mas aquele “anti-futebol” praticado pelos italianos estava com os dias contados. Antes do jogo, o técnico Jock Stein profetizou:

 

“O Celtic será o primeiro clube britânico a trazer a Copa Europeia para o Reino Unido. E nós vamos atacar a Inter como nunca atacamos antes.” Jock Stein (extraído de reportagem da Four Four Two, “Local Heroes: The Lisbon Lions”. Chris Hunt, Junho 2007).

A equipe escocesa teria mesmo que atacar demais os italianos. Marcar um gol naquela zaga era uma façanha. Mais que isso, ainda mais em uma final, seria um feito ainda mais marcante. O jogo começou truncado, com a Inter já querendo abrir o placar e fechar totalmente sua defesa. E foi o que os italianos conseguiram. Logo aos sete minutos, Sandro Mazzola, de pênalti, abriu o placar para a Inter. Se a tarefa do Celtic já era difícil, de virada seria quase impossível. Mas os indomáveis jogadores escoceses, que ganhariam o apelido de “Leões de Lisboa”, provaram com muito futebol e ofensividade que defender demais é chato. No segundo tempo, Gemmell empatou aos 63´. Faltando seis minutos para o fim do jogo, Murdoch chutou, Chalmers resvalou a bola e virou para o Celtic, levando ao delírio a torcida escocesa (e o futebol): Celtic 2×1 Internazionale. Pela primeira vez na história da Liga, um time do Reino Unido conquistava a Europa. E de maneira mais do que justa, afinal, o Celtic sufocou a Inter durante todo o jogo após o gol inaugural dos italianos, dando dois chutes na trave e 39 (!) ao gol, com 13 defendidos pelo goleiro, sete afastados pela zaga e 19 para fora. Foi um bombardeio, que resultou nos dois gols da virada escocesa.

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O continente celebrou como nunca a “vitória do futebol” e o triunfo de um time todo formado nas bases do Celtic, no mais claro e explícito exemplo de sucesso de pratas da casa. Após a taça, Stein foi direto quando mencionou o feito de seu time:

“Nós fizemos isto jogando futebol. Um futebol puro, bonito, criativo.”Jock Stein.

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E como jogou aquele Celtic. Campeão de tudo, a equipe ostentava naquele ano de 1967 uma hegemonia incrível, digna dos maiores esquadrões do futebol mundial. Mas o time ainda teria seu último desafio: o Mundial Interclubes.

Os leões alviverdes: técnica e toque de bola preciso eram as tonas daquele esquadrão histórico.
Os leões alviverdes: técnica e toque de bola preciso eram as tonas daquele esquadrão histórico.

 

Academia breca sonho do Mundo

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Na final do Mundial, o Celtic multicampeão encarou o Racing (ARG), conhecido como a Academia de Avellaneda pelo seu esquema onde os jogadores não guardavam posição e jogavam um futebol bonito e eficiente. No primeiro jogo, na Escócia, o Celtic fez valer a força dos mais de 100 mil torcedores do estádio Hampden Park, em Glasgow, e venceu por 1 a 0, gol do capitão McNeill. Na volta, no estádio Juan Domingo Perón, os escoceses abriram o placar aos 21´ do primeiro tempo, com gol de Gemmell. Porém, na segunda etapa, Raffo e Cárdenas viraram o jogo para o Racing, forçando uma terceira partida.

Na grande decisão, no estádio Centenário, em Montevidéu (URU), o Racing, com um golaço de Cárdenas aos 56´, venceu o Celtic por 1 a 0 e conquistou o inédito título mundial. O Celtic sofria seu primeiro e único revés no ano mágico de 1967.

 

Dominante em casa, sob jejum fora dela

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Depois da conquista da Europa em 1967, o Celtic passou por duas temporadas de “jejum” quando o assunto era Liga dos Campeões. O time caiu logo na primeira fase da edição 1967-1968 para o Dinamo Kiev (UCR), e sucumbiu diante do Milan (ITA) nas quartas de final da Liga de 1968-1969. Porém, quando o assunto era Escócia, não tinha para ninguém. A equipe de Stein era absoluta no Campeonato Escocês e venceu com categoria os títulos de 1967-1968, 1968-1969 e 1969-1970, todos com campanhas maravilhosas: 30 vitórias, três empates, uma derrota, 106 gols marcados e 24 sofridos (1967-1968); 23 vitórias, oito empates, três derrotas, 89 gols marcados e 32 sofridos (1968-1969) e 27 vitórias, três empates, quatro derrotas, 96 gols marcados e 33 sofridos (1969-1970). Não contente, os craques de Glasgow ainda venceram uma Copa da Escócia em 1968-1969, com direito a goleada de 4 a 0 sobre o rival Rangers na final (gols de Chalmers, Connely, Lennox e McNeill), e três Copas da Liga Escocesa, em 1967-1968, 1968-1969 e 1969-1970, sendo as primeiras duas finais com goleada: 5 a 3 no Dundee, em 1968, e 6 a 2 no Hibernian, em 1969. Mal acostumada, a torcida ficava cada vez mais exigente e queria novamente uma Liga dos Campeões. Foi então que o time foi à caça novamente na temporada 1969-1970.

 

Em busca do topo perdido

O Celtic começou sua busca pelo bicampeonato europeu em 1969-1970 contra o Basel (SUI), ao empatar o primeiro jogo em 0 a 0 e vencer a volta por 2 a 0, gols de Hood e Gemmell. Nas oitavas de final, duelos eletrizantes contra o Benfica (POR). No primeiro jogo, em Glasgow, Gemmell, Wallace e Hood fizeram os 3 a 0 que deram à torcida a certeza da classificação. Porém, na volta, em Lisboa, os “Lisbon Lions” foram na verdade os do Benfica, que devolveram os 3 a 0 da ida. Com a igualdade, veja só, o classificado foi definido na moedinha! Isso mesmo! Cara ou coroa para ver quem ia avançar. E o Celtic “derrotou” o Benfica. Na moedinha.

Nas quartas de final, o time de Stein voltou a golear em casa seu adversário, dessa vez a Fiorentina (ITA), por 3 a 0, gols de Auld, Carpenetti (contra) e Wallace. Na volta, a derrota por 1 a 0 para a Viola não foi suficiente para eliminar os escoceses. Vaga na semifinal garantida. Mas o adversário seria o duríssimo Leeds United (ING), num clássico britânico que entraria para a história.

 

Quando 136 505 vozes fazem a diferença

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A semifinal da Liga dos Campeões de 1969-1970 colocou frente a frente dois rivais britânicos. De um lado, o imponente Celtic. Do outro, o crescente Leeds United, então campeão inglês. No primeiro jogo, na Inglaterra, o Celtic não se intimidou com a pressão da torcida adversária e venceu por 1 a 0, gol de Connely com apenas um minuto de jogo. Na partida de volta, no Hampden Park, em Glasgow, os torcedores alviverdes protagonizaram um feito inédito que entraria para a história do futebol europeu. Mais de 136 mil pessoas se abarrotaram no estádio escocês para torcer pelo Celtic, registrando o maior público da história de uma competição de clubes organizada pela UEFA. Os milhares de torcedores levaram um susto logo aos 14´do primeiro tempo, quando Bremmer abriu o placar para o Leeds. Mas Hughes e Murdoch viraram o jogo, colocando o Celtic pela segunda vez na história em uma final de Liga dos Campeões. A festa foi tremenda. Todos acreditavam no bicampeonato. Mas haveria um Feyenoord (HOL) no caminho…

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Dolorosa derrota

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Na grande final da Liga, no estádio San Siro, em Milão, o Celtic teve de encarar os holandeses do Feyenoord, que começavam a mostrar para o continente a força do Futebol Total da Holanda. O Celtic abriu o placar aos 30´com Gemmell, mas apenas dois minutos depois, Israël empatou. A igualdade levou o jogo para a prorrogação quando, aos 116´, Kindvall virou a partida para os holandeses, que ficaram com a taça e escreveram pela primeira vez o nome de um clube da Holanda no cobiçado troféu europeu. A derrota foi dolorida para o Celtic. Ninguém esperava o revés, ainda mais depois de enfrentar grandes rivais pelo caminho, ao contrário do Feyenoord, que só encontrou o Milan de “grande” em sua campanha. Naquela derrota, terminaria uma era de ouro do clube de Glasgow.

 

Epopeia em casa e o fim

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Após o baque na Liga, o Celtic seguiu sua hegemonia na Escócia e alcançou, em 1974, a incrível marca de nove campeonatos nacionais consecutivos, um recorde mundial que permaneceu intacto por muito tempo. Depois disso, a equipe nunca mais obteve sucesso em competições europeias, com a exceção da temporada de 2003, quando chegou perto de uma conquista na Copa da UEFA, perdendo a taça para o Porto de Deco, Costinha, Maniche, Ricardo Carvalho e o técnico José Mourinho. Desde então, a torcida do Celtic segue à espera de uma nova geração totalmente feita em casa, com o brilho, talento e força dos “Leões de Lisboa”, um time que fez história, colocou a Escócia no mapa do futebol europeu e mundial e desbancou os “esnobes” ingleses ao vencer o principal torneio do continente primeiro do que os rivais. Os feitos de Jim Craig, Billy McNeill, Tommy Gemmell, Bertie Auld, George Connely, Jimmy Johnstone, Willie Wallace, John Hughes, Stevie Chalmers, Bobby Lennox e do técnico Jock Stein seguem cravados na história do clube e no coração do torcedor. Um time imortal.

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Os personagens:

Ronnie Simpson: carismático e ídolo da torcida, Simpson foi o soberano do gol do Celtic nos melhores anos do time, inclusive na campanha da Liga dos Campeões de 1967. Jogou de 1964 até 1970 na equipe de Glasgow.

Evan Willians: foi o goleiro do Celtic em boa parte da temporada de 1970, quando a equipe raspou a mão na taça da Liga. Não foi ídolo como Simpson, mas cumpriu seu papel.

Jim Craig: brilhante zagueiro, Craig apoiava constantemente o meio de campo e até mesmo o ataque da equipe. Levava segurança a defesa do Celtic com muita técnica e liderança.

Billy McNeill: um dos maiores ídolos da história do clube e capitão do time campeão da Europa em 1967, McNeill foi craque e notável defensor dos alviverdes de 1957 até 1975. Vestiu apenas a camisa verde e branca do Celtic em toda a carreira, além da camisa da seleção da Escócia. Conquistou mais de 20 títulos com o clube e jogou 790 jogos com a camisa do Celtic sem nunca ter sido substituído, jogando cada minuto, cada segundo. É uma lenda e eleito pela torcida, em 2002, como o melhor e maior capitão do Celtic FC.

John Clark: cheio de gás e muito eficiente tanto na zaga quanto no apoio ao ataque, Clark ia bem na lateral esquerda do time e também na zaga. Jogou mais de 10 anos pelo Celtic até encerrar a carreira em 1973, no Morton FC, também da Escócia.

Tommy Gemmell: outro craque e ídolo do time, Gemmell era um defensor e lateral que vivia no ataque, sempre marcando gols graças aos seus chutes poderosos. Era extremamente preciso nos momentos decisivos e peça chave no esquema tático do técnico Stein. Era quase perfeito nas cobranças de pênalti, tendo marcado 34 gols em 37 cobranças na carreira.

Bobby Murdoch: conseguia dar passes de longa distância com uma facilidade incrível, além de marcar vários gols, também. Era um dos craques do meio de campo do time e articulador de jogadas para os atacantes fazerem a festa. Foram mais de 12 anos de Celtic e idolatria eterna da torcida.

Bertie Auld: ao lado de Murdoch, compôs um meio de campo primoroso no Celtic naqueles anos mágicos. Na final da Liga de 1967, ajudou a equipe a catimbar os jogadores da Inter no túnel, cantando sem parar a The Celtic Song, música tradicional do clube escocês.

George Connely: coringa do ataque do Celtic, começou a brilhar na equipe depois de 1968, não tendo a oportunidade de levantar a Liga dos Campeões. Mesmo assim, ajudou o time nos títulos nacionais conquistados no período de 1968 até 1974.

Jimmy Johnstone: foi considerado pela torcida do Celtic como o melhor jogador da hsitória do clube, em votação feita em 2002. Exímio driblador, muito técnico e cheio de habilidade, Johnstone fez a alegria da torcida com gols, jogadas decisivas e talento. Disputou 515 jogos pelo clube e marcou 129 gols.

Willie Wallace: era o matador do time, participando dos principais títulos do Celtic de 1966 até 1971. Marcou 135 gols em 234 jogos.

John Hughes: outro grande atacante da história do futebol escocês, Hughes foi essencial paa o sucesso do Celtic de 1960 até 1971 em seus 11 anos de clube. Marcou 189 gols em 416 jogos pelo time de Glasgow.

Stevie Chalmers: ídolo e herói histórico do Celtic, Chalmers marcou o gol do mais importante título da história do clube: a Liga dos Campeões da UEFA de 1967. É considerado um dos melhores jogadores que já vestiram a camisa verde e branca da equipe escocesa. Marcou mais de 155 gols pelo Celtic.

Bobby Lennox: talento puro na ponta esquerda do Celtic, Lennox foi outro craque ídolo do clube e peça chave nas conquistas das décadas de 60 e 70. Driblava muito, causava o terror nas zagas adversárias e abusava da velocidade. Jogou mais de 12 anos no clube e marcou 273 gols, sendo o segundo maior artilheiro do Celtic.

Jock Stein (Técnico): mito, gênio, imortal… A torcida do Celtic é eternamente grata pelos feitos que o inteligentíssimo técnico Jock Stein alcançou com um time totalmente formado nas categorias de base do clube. Ganhou quase tudo o que disputou e fez do Celtic o maior esquadrão da Europa em 1967 e o maior do país por nove primorosos anos. Foram mais de 25 títulos conquistados pelo clube. E o nome cravado para sempre como o maior treinador que o Celtic já teve.

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Comentários encerrados

5 Comentários

  1. Muito bom percorrer a história do futebol através dos seus textos. Quem diria, a Inglaterra campeã da Copa-66 viria no Celtic seu primeiro título da Liga dos Campeões. Algum outra equipe britânica conquistou algum título europeu antes desse Celtic ?
    Outra coisa interessante foi como o Alex Ferguson assumiu a Escócia, com a morte do Stein em campo.

Craque Imortal – Rivellino

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