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Seleções Imortais – Bulgária 1994

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Em pé: Sirakov, Ivanov, Letchkov, Mikhailov, Yankov e Kostadinov. Agachados: Balakov, Stoichkov, Hubchev, Tsvetanov e Kiryakov.

 

Grande feito: Quarta colocada na Copa do Mundo da FIFA (1994). Conseguiu o melhor resultado da história do futebol búlgaro desde a medalha de prata das Olimpíadas da Cidade do México em 1968.

Time base: Mikhailov; Kremenliev (Kiriakov), Ivanov, Houbchev e Tsvetanov; Yankov, Letchkov, Sirakov (Borimirov) e Balakov; Stoichkov e Kostadinov. Técnico: Dimitar Penev.

 

“Sob a batuta de H(C)risto”

Por Guilherme Diniz

A Copa do Mundo da FIFA de 1994, nos EUA, foi uma das mais atípicas da história. Não só pelas partidas disputadas em pleno verão (e ao meio-dia), por ser a primeira na terra do Tio Sam ou por ter sido a primeira decidida nos pênaltis, mas também pela quantidade de zebras que despontaram naquele torneio. Romênia, Suécia e Arábia Saudita foram algumas das equipes que desbancaram forças do futebol mundial e conseguiram a proeza de ficar entre as 10 primeiras colocadas. Mas houve uma em especial que brilhou intensamente sob a batuta de um craque extraordinário do futebol mundial: a Bulgária, de Hristo Stoichkov. Pela primeira vez na história, a equipe búlgara venceu um jogo de Copa do Mundo e, acima de tudo, se classificou para a segunda fase do mundial. Desprezando o rótulo de zebra, o time passou pelas oitavas e pelas quartas de final eliminando México e a poderosa Alemanha, então campeã mundial, com uma vitória épica por 2 a 1 de virada. A epopeia, no entanto, terminou na semifinal, quando Roberto Baggio liquidou a Bulgária em apenas quatro minutos. Na disputa pelo terceiro lugar, uma pane custou o bronze na Copa, mas a seleção já havia feito história. É hora de relembrar.

 

Caminho das pedras

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Stoichkov: maior lenda do futebol búlgaro em todos os tempos.

 

Antes de escrever uma história inesquecível na Copa, a Bulgária precisou, claro, se classificar para o torneio dos EUA. E a tarefa não foi nada fácil. No grupo 6 das eliminatórias europeias ao lado de Suécia, França, Áustria, Finlândia e Israel, a equipe teria muitos desafios para superar, além de reverter os prognósticos de que os favoritos eram Suécia e França. A estreia da equipe foi contra a Finlândia, em Helsinque, com vitória búlgara por 3 a 0 (dois gols de Kostadinov e um de Balakov). Na partida seguinte, uma ótima apresentação contra a favorita França, de Cantona, que perdeu em Sófia por 2 a 0 (gols de Stoichkov e Balakov). No terceiro jogo, a derrota para a Suécia em Estocolmo por 2 a 0 deixou o grupo todo embolado. Estava claro que aquelas três seleções brigariam até o último minuto pelas duas vagas no mundial.

A Bulgária seguiu sua caminhada com uma vitória sobre Israel (fora de casa) por 2 a 0, derrota (fora de casa) para a Áustria por 3 a 1, vitória sobre a Finlândia (em casa) por 2 a 0 e empate (em casa) com Israel em 2 a 2. Em seguida, um novo tropeço em casa (1 a 1) com a Suécia, que ficava cada vez mais perto da Copa. Em outubro de 1993, a vitória por 4 a 1 sobre a Áustria em Sófia, aliada ao revés da França para Israel por 3 a 2, deixou os búlgaros dependentes de uma vitória na última rodada para carimbarem o passaporte para a Copa. Só que eles teriam a ingrata tarefa de vencer a França em Paris. Missão impossível?

 

Kostadinov eterno!

Kostadinov comemora: a Bulgária estava na Copa de 1994.
Kostadinov comemora: a Bulgária estava na Copa de 1994.

 

Na capital francesa, a seleção da casa precisava apenas de um empate para se classificar para a Copa de 1994. Uma das vagas do grupo já era da Suécia, que avançou com apenas uma derrota em 10 jogos. Já a Bulgária teria que reverter todos os prognósticos se quisesse ir para o mundial. Quando o jogo começou, tudo parecia ir por água abaixo quando o craque francês Cantona abriu o placar aos 31´do primeiro tempo. Seis minutos depois, Kostadinov empatou, mas o resultado ainda dava à França um lugar ao sol. Foi então que o improvável aconteceu. Na segunda etapa, perto dos 45 minutos, a França teve uma falta para cobrar perto da área búlgara.

Depois de muita cera, os franceses mandaram a bola para a área de qualquer jeito e a zaga búlgara afastou o perigo. No contra-ataque, a Bulgária foi tocando a bola de pé em pé, rapidamente e certa de que aquela era a última chance da vida deles e de toda aquela geração de disputar um Mundial. Foi então que um lançamento preciso na direita encontrou Kostadinov. O atacante ajeitou, avançou e chutou forte. A bola bateu na trave e entrou. Golaço! França 1×2 Bulgária. Por mais incrível que pudesse parecer, os búlgaros estavam classificados para a Copa do Mundo. Já a França ficava fora pela segunda vez seguida de um mundial, tendo que esperar até 1998.

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Cantona (à dir.) se desespera: fim do sonho da Copa para o francês.

 

 

Até onde vai a zebra?

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Mesmo com a homérica classificação para o mundial, a Bulgária não esperava muita coisa de sua participação no mundial. Principalmente depois dos sorteios dos grupos que colocou a equipe ao lado de Nigéria, Argentina e Grécia. Como na época os quatro melhores terceiros colocados se classificavam, havia esperança de que a equipe abocanhasse uma das vagas, mas ainda sim não era certo. O técnico Penev tinha em mãos uma equipe sólida e eficiente, que contava com bons nomes na zaga, no meio de campo e principalmente no ataque, com a estrela Stoichkov. Era nele que as fichas estavam depositadas. Mas será que um só craque poderia carregar outros 10 jogadores nas costas?

 

Estreia esquecível e classificação

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Pela primeira vez uma Copa do Mundo era disputada nos EUA, país com nenhuma tradição no “soccer“. A realização do mundial na terra do Tio Sam foi um sucesso e fundamental para a promoção do esporte no país, que passou a acompanhá-lo mais e a profissionalizar sua liga. Foi também a Copa com a maior audiência da história. O único ponto negativo ficou por conta dos horários das partidas, que, para favorecer os europeus, eram realizadas entre 11h e 14h do horário americano. Detalhe: era pleno verão, e algumas partidas superavam a casa dos 40oC.

A Bulgária na Copa: jogo concentrado no meio de campo e talento de Stoichkov, Balakov e Letchkov eram as armas da equipe para surpreender. Deu certo.
A Bulgária na Copa: jogo concentrado no meio de campo aliado ao talento de Stoichkov, Balakov e Letchkov era a arma da equipe para surpreender. Deu certo.

 

E parece que o calor americano influenciou no desempenho da Bulgária na estreia da Copa. A equipe de Stoichkov esteve irreconhecível e levou 3 a 0 da Nigéria. Na partida seguinte, a equipe deu a volta por cima e tratou de deixar o saldo de gols positivo: 4 a 0 na Grécia, gols de Stoichkov (2), Letchkov e Borimirov. Era a primeira vitória da história da Bulgária em Copas. Sinal de bom presságio…

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O último jogo da equipe era decisivo, contra a Argentina. Ninguém apostava na Bulgária, mesmo com os hermanos desfalcados de Maradona, pego no exame antidoping e expulso do mundial. Foi então que o estádio Cotton Bowl, em Dallas, viu a Bulgária comandar as ações (principalmente no meio de campo) e marcar dois gols no segundo tempo, com Stoichkov e Sirakov, vencendo a Argentina de Chamot, Redondo, Batistuta, Caniggia, Simeone e Balbo por 2 a 0. A equipe se classificou para as oitavas de final em segundo no grupo, deixando a terceira colocação para a Argentina, que avançou como primeira entre os melhores terceiros colocados.

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Stoichkov, camisa 8, comemora: um dos astros da Copa de 1994.

 

Nas quartas!

O goleiro Mikhailov: herói nos pênaltis.
O goleiro Mikhailov: herói nos pênaltis.

 

Na segunda fase da Copa, a Bulgária teve pela frente o México de Jorge Campos no grandioso e lindo Giants Stadium, repleto por mais de 70 mil pessoas naquele dia 5 de julho. O jogo começou e a Bulgária foi logo abrindo o placar aos seis minutos com o craque Stoichkov marcando um belo gol após receber um passe em profundidade na medida.  O México não se abalou e empatou aos 18´com García Aspe cobrando pênalti. O jogo seguiu equilibrado e depois de 120 minutos de partida, a decisão da vaga foi para os pênaltis. Nela, brilhou a estrela do goleiro e capitão Borislav Mikhailov, que defendeu os chutes de Bernal e Rodriguez, além de ver García Aspe perder sua cobrança. Na Bulgária, Genchev, Borimirov e Letchkov anotaram os gols que deram a vitória por 3 a 1 e a classificação para as quartas de final. A torcida comemorou demais, no entanto, o próximo desafio parecia ser o último jogo da equipe na Copa. Afinal, eles teriam pela frente a então campeã mundial Alemanha.

 

A maior das vitórias

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Nas quartas de final, ninguém acreditava em mais uma zebra. A Alemanha, então tricampeã mundial e com craques como Illgner, Kohler, Buchwald, Hässler, Matthäus, Völler e Klinsmann, era favorita ao extremo para aquele jogo contra a Bulgária no Giants Stadium, mesmo palco onde a equipe de Stoichkov havia vencido o México nos pênaltis cinco dias antes. Depois de um primeiro tempo morno, logo aos dois minutos da segunda etapa, o capitão alemão Matthäus marcou de pênalti o primeiro gol do jogo. Pronto. Ali era o início do fim da Bulgária, que não teria forças debaixo daquele sol escaldante para virar a partida contra os sempre competitivos e precisos alemães. Mas… Quem disse que não? Aos 30 minutos, cobrança de falta para a Bulgária. Stoichkov bateu e provou mais uma vez que estava iluminado nos EUA: golaço e 1 a 1 no placar. Três minutos depois, Yankov avança pela direita e cruza para Letchkov. O carequinha acerta o ângulo de Illgner e marca outro golaço: 2 a 1 para a Bulgária! Ninguém acreditava!

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A equipe conseguia a virada pra cima da campeã mundial e ficava perto de uma semifinal histórica. Depois de muita pressão, a Bulgária se segurou e garantiu a vitória. A festa em Sófia, capital da Bulgária, foi enorme e milhões de pessoas saíram às ruas para comemorar aquela que, para muitos, é a maior vitória da história do futebol do país. A antes zebra era, pelo menos naquele dia 10 de julho de 1994, uma das quatro melhores seleções do planeta. E teria a chance de chegar a uma incrível final.

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Baggio destrói o sonho

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Na semifinal, a Bulgária teve pela frente outra seleção tricampeã mundial: a Itália. Era o encontro entre dois craques que levavam nas costas as suas seleções: Stoichkov, pela Bulgária, e Roberto Baggio, pela Itália. No duelo entre ambos, porém, o italiano se saiu melhor. O craque marcou aos 21´e aos 25´do primeiro tempo e deixou a Itália com dois gols de vantagem. No final da primeira etapa, Stoichkov marcou seu sexto gol na Copa, de pênalti, e deixou a seleção viva para o segundo tempo. Mas o calor, aliado ao excelente sistema defensivo italiano, impediu a Bulgária de conseguir uma proeza gigantesca. O placar de 2 a 1 se manteve e a Azzurra foi para a final. Estava terminado o sonho búlgaro de tentar conquistar o mundo.

 

Apagão e o fim

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Na disputa do terceiro lugar, a Bulgária enfrentou a outra seleção considerada zebra naquela Copa: a Suécia, velha conhecida das eliminatórias. Na partida disputada no estádio Rose Bowl, em Pasadena, as mais de 91 mil pessoas viram um show dos suecos, que aplicaram 4 a 0 na equipe de Stoichkov. Quem esperava um duelo equilibrado viu uma Bulgária apática e desmotivada. No entanto, a seleção verde, branca e vermelha já estava na história por ter feito sua melhor campanha na história das Copas, além de ter tido o artilheiro do mundial: Stoichkov, autor de seis gols, mesmo número do russo Salenko, o outro goleador.

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Depois da Copa, os búlgaros foram recebidos com muita festa em seu país e ainda tiveram outros momentos de destaque entre 1995 e 1996, quando conseguiram disputar pela primeira vez uma Eurocopa, mas sem sucesso. A equipe ainda disputou a Copa de 1998, mas voltou à sina de reveses e foi eliminada da França com três derrotas em três jogos. As façanhas do time se restringiram mesmo àquela Copa dos EUA, que viu pela primeira e até hoje única vez uma seleção búlgara brilhar, derrubar gigantes campeões mundiais e alcançar o top 4 das melhores equipes do planeta. Uma seleção imortal.

 

Os personagens:

Mikhailov: o goleirão foi capitão da Bulgária na histórica campanha nos EUA e herói na disputa de pênaltis contra o México nas oitavas de final. Por muitos anos foi o recordista em jogos pela equipe com 102 aparições, até ser superado por Stiliyian Petrov. Foi um dos maiores goleiros da Bulgária e tinha uma curiosa característica: usou peruca por muitos anos para esconder a calvície (inclusive naquela Copa) até fazer um transplante de cabelo tempo depois.

Kremenliev: lateral direito, Emil Kremenliev começou como titular a campanha búlgara na Copa, mas o excesso de cartões lhe custou um lugar na segunda fase, quando perdeu a vaga para Kiriakov. Fez carreira nos clubes de seu país até conseguir jogar algumas partidas no futebol alemão na virada do século.

Kiriakov: tinha um fôlego invejável e deu mais energia à equipe da Bulgária na segunda fase da Copa. Podia jogar tanto na lateral direita quanto na esquerda, sempre com muito vigor e regularidade. Baixinho, era presa fácil em jogadas aéreas. Disputou 53 partidas pela seleção.

Ivanov: foi um dos mais icônicos jogadores búlgaros de seu tempo, tanto pela regularidade na defesa quanto pelo aspecto físico: com todo respeito, era feio de doer (!), parecia o serial killer Jigsaw com cabelos e tinha o apelido de “O Lobo Búlgaro”, pelo estilo de sua cabeleira e a barba por fazer. Tinha um chute poderoso e arriscava constantemente tiros de fora da área. Disputou 77 partidas pela seleção e marcou seis gols. Foi capitão da seleção entre 1996 e 1998.

Houbchev: compôs a zaga búlgara na Copa de 1994 e teve bons momentos na competição, atuando como zagueiro central e às vezes como líbero. Fez carreira no futebol de seu país e na Alemanha, jogando pelo Hamburgo e Eintracht Frankfurt.

Tsvetanov: o lateral-esquerdo fez uma boa Copa, mas quase colocou tudo a perder quando foi expulso na partida contra a Argentina, ainda na fase de grupos. Para sua sorte, a Bulgária venceu e o lateral voltou a tempo de disputar as quartas de final, quando ajudou a seleção a derrotar a Alemanha.

Yankov: era o dono do meio de campo da Bulgária na Copa, tendo a função de proteger a defesa e até ser um zagueiro nos momentos de aperto. Tinha qualidade nos passes e ajudou a equipe na campanha de sucesso nos EUA.

Letchkov: ao lado de Stoichkov, Yordan Letchkov foi um dos maiores craques da história do futebol búlgaro e um dos responsáveis pela inesquecível campanha da seleção na Copa de 1994. Seu golaço de cabeça contra a Alemanha jamais sairá da memória dos torcedores. “O Mágico” disputou 45 jogos pela seleção e marcou cinco gols, além de ter sido um meia criativo e eficiente para lançamentos e tabelinhas. Jogou em clubes do futebol francês, alemão e turco até encerrar a carreira em 2004, na Bulgária.

Sirakov: foi um dos maiores artilheiros da Bulgária em todos os tempos e um talento no meio de campo e ataque do futebol do país nas décadas de 80 e 90. Disputou 82 jogos e marcou 23 gols com a camisa da seleção, além de ter sido ídolo no Levski Sofia, da Bulgária. É um dos maiores artilheiros da história do campeonato búlgaro e superou a marca de 300 gols na carreira, encerrada em 1998.

Borimirov: foi reserva, mas brilhou na histórica primeira vitória búlgara nas Copas, o 4 a 0 diante da Grécia. Foi do meio campista Daniel Borimirov o gol que fechou o placar daquele jogo. Jogou também contra a Argentina e contra o México, marcando inclusive um dos gols da vitória nos pênaltis por 3 a 1 que colocou a seleção nas quartas de final.

Balakov: outro craque daquela equipe, Krassimir Balakov dava passes açucarados e precisos para Stoichkov arrebentar com as zagas adversárias. Disputou 92 partidas pela seleção e marcou 16 gols. Seu desempenho na Copa foi tão marcante que ganhou uma vaga no meio de campo do All-Star Team do mundial naquele ano.

Stoichkov: marrento, craque, matador e responsável direto pelo sucesso de seu país na Copa do Mundo de 1994. Essa história parece até com a do brasileiro Romário, mas na verdade é de Hristo Stoichkov, o maior jogador búlgaro de todos os tempos e presente em qualquer lista de maiores craques do século XX. Habilidoso, com uma perna esquerda letal, com visão de jogo estupenda e capaz de marcar gols antológicos, o búlgaro estava no auge da carreira quando se exibiu para o planeta naquela Copa dos EUA. Com seis gols, foi o artilheiro do mundial e o grande craque que conduziu a seleção búlgara ao histórico quarto lugar. Brilhou durante anos no Barcelona e conquistou quase todos os títulos possíveis no clube catalão. Jogou, inclusive, com Romário, mas os temperamentos explosivos de ambos causaram muitas brigas e discussões dentro e fora de campo. Em 1994, Stoichkov ganhou, além da chuteira de ouro da Copa, um lugar no All-Star Team do mundial e a Bola de Ouro de melhor jogador europeu pela revista France Football. Disputou 83 partidas e marcou 37 gols pela Bulgária, sendo o terceiro na lista de artilheiros da seleção. Foi divino. E imortal. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Kostadinov: sem os gols de Emil Kostadinov, talvez este texto nem sequer existisse. Muito menos o quarto lugar búlgaro na Copa do Mundo de 1994. Afinal, foi do atacante os dois gols da vitória da Bulgária sobre a França por 2 a 1 que colocou o país na Copa dos EUA. Em solo americano, o artilheiro voltou a brilhar e formou um ataque histórico ao lado de Stoichkov e Sirakov. Porém, aquela era a Copa do compatriota Hristo, que praticamente polarizou os gols da seleção. Kostadinov não balançou as redes nos EUA, mas seu papel já havia sido cumprido bem antes. Disputou 70 partidas pela seleção e marcou 26 gols, sendo o quarto na lista dos maiores artilheiros do país.

Dimitar Penev (Técnico): como jogador, Dimitar Penev foi um exímio zagueiro, sendo um dos maiores do futebol búlgaro em todos os tempos. Como treinador, teve a honra e o talento de conduzir a seleção rumo ao histórico quarto lugar na Copa do Mundo de 1994, reunindo tudo o que seu país havia produzido de bom no final dos anos 80 e início dos anos 90. Começou mal a Copa, mas soube dar a volta por cima com vitórias épicas sobre Grécia, Argentina e Alemanha. Uma pena ter enfrentando a forte zaga italiana na semifinal. Mesmo não chegando à final, Penev colocou a Bulgária para sempre nos livros de quem realmente fez história nos mundiais.

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Comentários encerrados

6 Comentários

    • caraca,esse site é muito bom,relembrando os grandes times do passado!!! Eu adoro isso!!! A Bulgária de 1994 foi incrível naquela Copa!!! Como disse no post acima sobre eles “de zebra á ficar entre os 4 melhores nas semifinais…”. Pena q a Itália impediu deles chegarem ás finais contra nós,pois com certeza seria mais difícil a nossa seleção superar a Bulgária,se nós apenas empatamos sem gols com a Itália na final,mas ganhamos nos pênaltis,imagina contra essa seleção búlgara?Teríamos q jogar com mais raça e atitude q eles kkk!

Craque Imortal – Ben Barek

Esquadrão Imortal – Inter de Limeira 1986