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Craque Imortal – Gamarra

Gamarra Paraguai

Nascimento: 17 de Fevereiro de 1971, em Ypacaraí, Paraguai.

Posição: Zagueiro

Clubes: Cerro Porteño-PAR (1991-1992 e 1993-1995), Independiente-ARG (1993 – emprestado), Internacional-BRA (1995-1997), Benfica-POR (1997), Corinthians-BRA (1998-1999), Atlético de Madrid-ESP (1999-2000), Flamengo-BRA (2000-2001), AEK-GRE (2001-2002), Internazionale-ITA (2002-2005), Palmeiras-BRA (2005-2006), Ethnikos Piraeus-GRE (2006) e Olimpia-PAR (2007).

Principais títulos por clube:

2 Campeonatos Paraguaios (1992 e 1994) pelo Cerro Porteño.

1 Campeonato Gaúcho (1997) pelo Internacional.

1 Campeonato Brasileiro (1998) e 1 Campeonato Paulista (1999) pelo Corinthians.

1 Copa dos Campeões (2001) e 1 Campeonato Carioca (2001) pelo Flamengo.

1 Copa da Grécia (2002) pelo AEK.

1 Copa da Itália (2004-2005) pela Internazionale.

Principal título por seleção: 1 Medalha de Prata nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004) pelo Paraguai.

 

Principais títulos individuais:

Eleito para o Time Ideal da América pelo jornal El País: 1995, 1996, 1998, 2000 e 2005

Futebolista Paraguaio do Ano: 1997 e 1998

Eleito para o All-Star Team da Copa do Mundo da FIFA: 1998

Bola de Prata da revista Placar: 1995, 1996, 1998 e 2005

Eleito o 87º Craque do Século XX pela revista Placar: 1999

Eleito o 43º entre os 100 Maiores Craques da Copa do Mundo pela revista Placar: 2006

Eleito para o Time dos Sonhos do Internacional pela revista Placar: 2006

Eleito para o Time dos Sonhos do Corinthians pela revista Placar: 2006

Eleito para o Time dos Sonhos do Corinthians do Imortais: 2021

Eleito para o Time dos Sonhos do Internacional do Imortais: 2021

 

“O zagueiro leal, absoluto e inesquecível”

Por Guilherme Diniz

A palavra “falta” não existia no livro de afazeres daquele zagueiro. Em seu manual, era possível encontrar frases como “desarmarás sempre com precisão”, “terás um senso de colocação impecável”, “se anteciparás como ninguém” e “marcarás época como um dos melhores defensores de todos os tempos”. Não é preciso dizer que Carlos Alberto Gamarra Pavón, o Gamarra, cumpriu à risca essas e muitas outras recomendações da cartilha de um zagueiro imortal. Pois foi isso que ele foi. Gamarra encantou a todos com um futebol diferente, único e clássico. Ele não dava pontapés, não cravava suas chuteiras nas canelas dos atacantes e muito menos deixava suas equipes na mão com cartões bobos ou suspensões automáticas. Gamarra era leal, seguro, sublime. Desarmava como poucos e como muitos jamais conseguiram. Se antecipava nas jogadas e conseguia compensar a falta de estatura por conta disso. E, claro, marcava seus gols de vez em quando.

Seu auge foi em 1998, quando arrebatou a todos no mundo ao disputar todas as quatro partidas da seleção paraguaia na Copa do Mundo sem cometer uma falta sequer. Gamarra jogou contra as seleções da Nigéria, Espanha, Bulgária e França, enfrentou craques letais como Raúl González, Hristo Stoichkov, Jay-Jay Okocha, David Trezeguet e Thierry Henry e não foi advertido nenhuma vez pelos árbitros. Uma monstruosidade que lhe rendeu o prêmio de melhor defensor daquele mundial e uma vaga no All-Star Team da Copa. Para coroar um ano tão brilhante, Gamarra ainda conduziu o Corinthians ao título nacional pra cima do Cruzeiro com atuações fantásticas. Uma pena que o zagueiro não tenha tido sorte maior nos clubes europeus. Mas não importa. Os privilegiados brasileiros foram espectadores da melhor fase do zagueiro mais encantador que a América do Sul produziu no final do século XX. É hora de relembrar.

 

Tijolos e futebol

Gamarra (segundo em pé da esq. para a dir.) no Cerro Porteño de 1992. Arce (quarto em pé da esq. para a dir.) também era um dos destaques daquele time.
Gamarra (segundo em pé da esq. para a dir.) no Cerro Porteño de 1992. Arce (quarto em pé da esq. para a dir.) também era um dos destaques daquele time.

 

Nascido na pequena cidade de Ypacaraí, ao sul do Paraguai e famosa pelo Lago homônimo e por suas belezas naturais, Gamarra começou a jogar futebol no Cerro Porteño, em 1991, paralelo às suas atividades na olaria do pai. O futuro craque fazia tijolos de manhã e de tarde jogava bola no Cerro. Por lá, começou no meio de campo e rapidamente se destacou pela segurança em campo, a facilidade em desarmar os adversários e, acima de tudo, a lealdade. O jogador integrou a equipe titular do clube já em 1991 e teve suas primeiras experiências como zagueiro sob o comando do treinador brasileiro Paulo César Carpegiani, que viu no talento de Gamarra uma condição de mais valia para a zaga do time, principalmente colocando-o na sobra, para roubar as bolas dos atacantes rivais.

A experiência deu certo e Gamarra conquistou, ao lado do amigo Francisco Arce, o Campeonato Paraguaio de 1992, quando o time azul e grená aplicou uma sonora goleada de 5 a 0 no Libertad na partida final. Em 1993, foi emprestado ao Independiente, ganhou sua primeira convocação para a seleção e retornou ao Cerro Porteño pouco tempo depois. Em 1994, venceu mais um título nacional e chamava cada vez mais atenção pela maturidade em campo e o baixíssimo número de faltas cometidas. Não demorou muito para que dirigentes do Internacional notassem a qualidade do zagueiro, bem como as recomendações de Carpegiani, e fizessem uma proposta. Os trâmites foram acertados e Gamarra foi jogar no Beira Rio em 1995.

 

Colorado puro

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A fase do Inter não era das melhores em 1995, mas Gamarra conseguiu virar ídolo instantâneo e deixar maravilhada a torcida colorada. Com atuações de gala, jogadas de efeito e roubadas de bola simplesmente perfeitas, Gamarra foi comparado por muitos ao mítico zagueiro chileno Figueroa, que brilhou no Inter dos anos 70. A força e a soberania na zaga eram uma espécie de volta ao tempo para o torcedor, que ficava maravilhado pelo algo a mais de Gamarra: a segurança e a disciplina, pois ele não chegava duro e nas pernas dos atacantes como muitas vezes Figueroa fazia. Ele ia diretamente e puramente na bola.

Tanta qualidade com a camisa vermelha não rendeu muitos títulos ao craque. O jogador faturou apenas um Campeonato Gaúcho, em 1997, mas ganhou vários prêmios individuais no período, entre eles duas Bolas de Prata da revista Placar em 1995 e 1996. No jogo do título estadual de 1997, Gamarra fez sua despedia do Beira Rio para tentar a sorte no Benfica-POR, em sua primeira experiência profissional no velho continente. A torcida colorada chorou o adeus de seu “colorado” (por conta dos cabelos vermelhos), mas eternizou o paraguaio como um dos maiores ídolos de sua história.

 

Passeio em Portugal e a volta ao Brasil

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Ao contrário do que se imaginava, Gamarra não teve vida longa no Benfica. Se no Inter a fase não foi das melhores, no clube português foi pior ainda. Ruim financeiramente, sem bons jogadores e sob um jejum terrível de títulos (além de ter virado freguês de carteirinha do bicho-papão Porto da época), o clube encarnado pouco teve a oferecer ao brilhante zagueiro paraguaio. Foram apenas 17 jogos e um gol marcado com a camisa do clube, mas a admiração de todos em Lisboa, como bem disse o jornal Record, durante as comemorações do centenário do clube em 2004:

“Gamarra provou, ao serviço do Benfica, a sua qualidade superior como zagueiro: rápido sobre a bola, inteligente na ocupação do espaço, criterioso na abordagem aos adversários, duro sem resvalar para a violência, ele é a enciclopédia viva de como jogar naquela posição. Tornou-se um dos jogadores preferidos entre a família encarnada e um dos mais elogiados de todo o campeonato (Português)”. Jornal Record, fevereiro de 2004.

Sobre uma grave crise financeira, os dirigentes do Benfica não tiveram escolha diante de uma tentadora proposta do Corinthians e venderam o zagueiro em 1998. Um péssimo negócio, pois naquele ano Gamarra escreveria seu nome de uma vez por todas no rol dos imortais.

 

O melhor zagueiro do mundo

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No primeiro semestre de 1998, Gamarra estava sob um intenso brilho, diferente, ávido. Com a camisa do Corinthians, mostrou em poucas partidas que a diretoria alvinegra havia feito um investimento certeiro. A equipe perdeu o Paulista para o São Paulo, mas Gamarra foi impecável. Paralelo aos jogos pelo Timão, o zagueiro disputou várias partidas amistosas com a seleção já como preparação para a Copa do Mundo da França. O Paraguai era comandado por Paulo César Carpegiani, o mesmo que havia notado a qualidade de Gamarra lá em 1991 e o transportado para a zaga. E foi sob o comando do brasileiro que Gamarra desempenhou, naquela Copa, uma das maiores atuações de um jogador na história dos mundiais.

A seleção paraguaia empatou os dois primeiros jogos em 0 a 0 contra a Bulgária de Stoichkov e a Espanha de Raúl, Hierro, Luis Enrique, Amor e Etxeberria. No último jogo, vitória por 3 a 1 sobre a Nigéria de Kanu, Finidi George e Babangida, equipe que havia vencido os dois primeiros jogos disputados. Nas oitavas de final, os paraguaios fizeram uma partida dramática contra a França, dona da casa, e foram derrotados somente na prorrogação, com um “gol de ouro” de Blanc e com Gamarra jogando no sacrifício por conta de uma lesão no braço que o deixou imobilizado “a lá Beckenbauer”.

A figurinha de Gamarra na Copa de 1998: estrela absoluta e melhor zagueiro do mundial.
A figurinha de Gamarra na Copa de 1998: estrela absoluta e melhor zagueiro do mundial.

 

O Paraguai deu adeus à Copa e a França seguiu em frente rumo ao título inédito. Mas tudo isso é o de menos. O mais extraordinário, épico e sublime de toda essa campanha paraguaia na Copa foi Carlos Alberto Gamarra Pavón. O zagueiro conseguiu a proeza, a glória e a máxima perfeição em não cometer uma falta sequer nos quatro jogos do Paraguai. Isso mesmo. Vou repetir mais uma vez: o zagueiro Gamarra, camisa 4 da seleção paraguaia, não cometeu uma falta sequer nos quatro jogos disputados por sua seleção no mundial, mesmo tendo enfrentado monstros sagrados como Stoichkov, Raúl, Kanu, Henry e Trezeguet. Foi algo simplesmente surreal e sensacional que renderam à Gamarra o título de melhor zagueiro da Copa, presença no All-Star Team da Copa, futebolista paraguaio do ano e eleito para o time ideal da América pelo jornal El País. Depois da Copa, Gamarra disputou ainda mais quatro jogos sem cometer infrações e acumulou um recorde de 724 minutos sem faltas (!).

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As atuações de Gamarra naquele mundial despertaram a admiração de todos no mundo tamanha qualidade técnica do craque e sua capacidade de antever as jogadas, desarmando com precisão, subindo primeiro que grandalhões mesmo não sendo tão alto e indo sempre na bola, não nas pernas do adversário. Seu futebol gerava comentários positivos de todos, bem como o respeito de atacantes e meias que se rendiam ao talento do paraguaio, bem como sua lealdade, algo que evitava discussões, brigas e as famosas catimbas. Mas Gamarra ainda tinha muito mais o que fazer naquele ano.

 

Ídolo da Fiel

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Depois da Copa, Gamarra fez parte de um competitivo e forte Corinthians que embalou rumo ao título do Campeonato Brasileiro. O Timão terminou a primeira fase do torneio na primeira colocação, com 46 pontos em 23 jogos. A equipe ficou um ponto à frente do seu grande rival, o Palmeiras. Classificado, o time teria a vantagem de decidir todos os confrontos do confuso sistema de mata-mata do campeonato em casa. Confuso porque a equipe só conseguiria a classificação em dois jogos se vencesse ambos. Uma vitória para cada lado, não importava o placar, levava a decisão para um terceiro jogo.

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Nas quartas de final, o Corinthians encarou o Grêmio. No primeiro jogo, em Porto Alegre, vitória corintiana por 1 a 0. Quando todos achavam que a equipe passaria fácil, jogando a volta em casa, surpresa: Grêmio 2 a 0. No terceiro jogo, o Corinthians, de novo em casa, venceu com um magro 1 a 0, gol de Edílson. Vaga nas semifinais, contra o rival Santos. No primeiro jogo, na Vila, vitória do Peixe por 2 a 1, com o gol corintiano marcado por Gamarra. Na volta, vitória corintiana por 2 a 0. No terceiro jogo, empate em 1 a 1 que garantiu o Corinthians na final.

 

Campeão do Brasil

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A decisão foi entre o Corinthians de Gamarra e o Cruzeiro, vice-campeão da Copa do Brasil daquele ano, com estrelas como Dida, Valdo, Müller e uma temida dupla de ataque formada por Marcelo Ramos e Fábio Júnior. Mas quem disse que Gamarra ia deixar qualquer um daqueles atacantes azuis fazer alguma coisa? No primeiro jogo, empate em 2 a 2, com uma recuperação incrível do Corinthians, que terminou perdendo o primeiro tempo por 2 a 0, mas empatou na etapa final com Dinei e Marcelinho. No segundo jogo, novo empate, em 1 a 1.

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Na finalíssima, o ferrolho armado pelo técnico corintiano Vanderlei Luxemburgo foi crucial para evitar qualquer susto mineiro no Morumbi, além de mais uma atuação perfeita de Gamarra. O time paulista venceu por 2 a 0 e conquistou depois de oito anos o Campeonato Brasileiro. Era o título para Gamarra, capitão do Timão, encerrar com chave de ouro um ano que nunca deveria terminar.

 

Mais um título, ida à Europa e novo retorno

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Em 1999, Gamarra conquistou o título que havia escapado em 1998, o Campeonato Paulista, mas não conseguiu ajudar o Timão a levantar a Libertadores, que ficou com o Palmeiras. Ao final do primeiro semestre, o zagueiro deixou a Fiel órfã ao se transferir para o Atlético de Madrid-ESP. Mais uma vez ele ia embora e deixava uma legião de fãs e admiradores na saudade.

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Na Espanha, Gamarra de novo deu azar ao encontrar um time fraco e sem brilho que acabaria rebaixado para a segunda divisão. Em 2000, o zagueiro acertou sua transferência para o Flamengo e voltou a conquistar títulos, entre eles a Copa dos Campeões de 2001 em duas finais eletrizantes contra o São Paulo de Luís Fabiano e Kaká. Na Gávea, Gamarra teve bons e maus momentos e teve de conviver com o frequente descaso salarial do clube, o que culminou com a ida do paraguaio ao futebol europeu em 2002 para jogar no AEK-GRE, mesmo ano em que ele disputaria a Copa do Mundo.

 

As primeiras faltas

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Na Copa de 2002, o capitão Gamarra foi outra vez foi preciso e impecável, mas cometeu suas primeiras faltas em um mundial, ao contrário do que muitos sites por aí dizem. O zagueiro fez uma contra a África do Sul e quatro contra a Alemanha (segundo dados estatísticos da própria FIFA), seleção esta que eliminou o Paraguai nas oitavas de final. Passada a Copa, Gamarra seguiu em ótima forma no futebol grego e conseguiu se transferir para um grande clube da Itália: a Internazionale. Em Milão, ele venceu a Copa da Itália em 2005, mas amargou muitas partidas na reserva. Com a seleção, conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atenas de 2004, mas ele mesmo sabia que logo mais seria hora de parar.

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Últimos anos e aposentadoria

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Depois do período na Itália e das Olimpíadas, Gamarra voltou ao Brasil para jogar no Palmeiras. No alviverde, o craque de novo foi uma estrela solitária num time fraco e não conquistou títulos, apenas um individual: a Bola de Prata de 2005. Em 2006, Gamarra disputou sua última Copa do Mundo, mas não teve boas recordações: logo na estreia, contra a Inglaterra, o zagueiro marcou o gol contra mais rápido da história dos mundiais (aos três minutos) e “deu” a vitória aos ingleses por 1 a 0. Na sequência, a equipe sul-americana perdeu para a Suécia também por 1 a 0 e venceu Trinidad e Tobago por 2 a 0, mas sem chances de classificação. Naquela Copa, Gamarra cometeu apenas uma falta, no jogo contra a Suécia.

Gamarra e Arce: ídolos no Paraguai e no Brasil.
Gamarra e Arce: ídolos no Paraguai e no Brasil.

 

Em 2006, o craque se aposentou da seleção paraguaia em um amistoso contra a Austrália disputado em Brisbane-AUS que terminou empatado em 1 a 1. O capitão se despedia da seleção como o que mais vezes vestiu a camisa alvirrubra na história: 110 partidas. Um ano depois, Gamarra decidiu se aposentar de vez do futebol vestindo a camisa do maior clube de seu país, o Olimpia, para depois seguir a carreira de dirigente e assumir a posição de gerente de futebol do pequeno clube paraguaio Rubio Ñu, ao lado do companheiro de longa data Francisco Arce.

 

O último dos românticos

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Gamarra foi talvez o último dos zagueiros leais e técnicos a desfilar suas habilidades nos campos do planeta. Depois dele, os “brucutus” e cinturas duras dominaram (e dominam) o esporte, fazendo uma enxurrada de faltas que jamais Gamarra faria. Ver o paraguaio em campo foi um privilégio principalmente dos brasileiros, que puderam acompanhar os melhores anos e exibições daquele craque único, exemplar e imortal.

 

Números de destaque:

É o 4º jogador com mais jogos pela seleção paraguaia na história: 110 partidas e 12 gols marcados.

Disputou 80 jogos pelo Corinthians e marcou sete gols.

Disputou 89 jogos pelo Internacional e marcou 4 gols.

 

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