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Esquadrão Imortal – Internacional 1979-1980

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Em pé: João Carlos, Benítez, Mauro Pastor, Falcão, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro. Agachados: Valdomiro, Jair, Bira, Batista e Mário Sérgio.

 

Grandes feitos: Campeão Invicto do Campeonato Brasileiro (1979) e Vice-campeão da Copa Libertadores da América (1980). Foi o primeiro (e até hoje único) clube a conquistar o principal torneio do Brasil sem perder um jogo sequer.

Time base: Benítez; João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro; Batista, Jair e Falcão; Valdomiro (Chico Spina), Bira e Mário Sérgio. Técnico: Ênio Andrade.

 

“O Colorado que não sabia perder”

Por Guilherme Diniz

Depois de um primeiro semestre sofrível e ouvindo críticas de sua própria torcida, aquele esquadrão vermelho e branco decidiu mostrar para tudo e todos que ainda tinha um último lampejo de brilho naquela década prestes a terminar. Muitos diziam que o time bicampeão brasileiro em 1975 e 1976 não existia mais. O temido Internacional era apenas mais um no futebol brasileiro. Mas, com o andamento do Campeonato de 1979, aqueles ditos caíram por terra. E por diversos gramados do país. Os jogadores que vestiam o manto colorado não tinham adversários e não se intimidavam com estádio rival lotado. Aquele Inter tinha craques pontuais em cada setor do campo. E aquele Inter não sabia perder.

Em 1979, o Brasil viu pela primeira (e até hoje única) vez um time vencer o principal torneio de clubes do país de maneira invicta e irrepreensível. Aquele Internacional era pura melodia. E fazia o futebol parecer um esporte simples de se jogar quando a bola passava pelos pés de um jovem austero chamado Mauro Galvão, por um meio-campista incansável de nome Batista, pelos habilidosos e artísticos Jair e Mário Sérgio e, claro, por um jogador completo, puro-sangue, e com a alma da mais nobre imortalidade: Falcão, o Rei do Beira-Rio e eterno ídolo dos colorados. No banco de reservas, um técnico astuto, inteligentíssimo e mestre em mudar a concepção de um time comandou com pleno talento tudo aquilo: Ênio Andrade, um dos melhores treinadores da história do futebol brasileiro. Uma pena que aquele Inter não tenha faturado a América, em 1980, na final contra o Nacional-URU. Mas a façanha inigualável já havia sido concretizada. É hora de relembrar.

Colocando ordem na casa

Ênio Andrade (primeiro à esquerda): técnico chegou e mudou completamente o ambiente do Inter para a disputa do Brasileirão.
Ênio Andrade (primeiro à esquerda): técnico chegou e mudou completamente o ambiente do Inter para a disputa do Brasileirão.

 

Bicampeão brasileiro em 1975 e 1976, octacampeão gaúcho entre 1969 e 1976, e repleto de craques como Manga, Figueroa, Carpegiani, Falcão e Dario, o Inter entrou em um período de “ressaca” após tantos anos de glórias e deu espaço para os paulistas tomarem a hegemonia gaúcha no Brasileirão em 1977 (São Paulo) e 1978 (Guarani). Em 1979, muitos pensavam que a equipe retomaria o trono perdido, mas uma campanha pífia no Campeonato Gaúcho daquele ano esfriou todas as expectativas. Após uma enxurrada de críticas da mídia e da torcida, Frederico Ballvé, cartola da época do bicampeonato nacional, assumiu a direção de futebol e demitiu o técnico Zé Duarte e o preparador físico Reinaldo Salomão, que deram lugar a Ênio Andrade e Gilberto Tim, vindos de um bom trabalho no Coritiba.

Falcão: maior craque que já vestiu a camisa vermelha do Inter.
Falcão: maior craque da história do Inter.

 

Logo quando chegou, Andrade uniu o grupo colorado e tratou de acabar de vez com a tensão que pairava sobre o Beira-Rio. Enquanto o técnico dava sua cara ao time e implantava o esquema tático 4-3-3, Gilberto Tim dava show tanto na preparação física dos atletas quanto no entusiasmo. Falando em atletas, o Internacional dispunha de um elenco forte e que havia ganhado os reforços de Benítez, Cláudio Mineiro, Bira e Mário Sérgio, além de contar com jogadores de puro talento como o jovem Mauro Galvão (de apenas 17 anos), o atacante Valdomiro e os meio-campistas Batista e Falcão. Tais nomes davam à equipe uma mescla de habilidade, força, experiência e juventude, tudo na medida certa. Determinados a apagar o fiasco no torneio estadual, os colorados tinham no Campeonato Brasileiro a grande chance da virada. E de mostrar que o soberano de tempos dourados ainda estava vivo.

Sorte no “inchadão”

O time de 1979 - Em pé: João Carlos, Benítez, Mauro Pastor, Falcão, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro. Agachados: Valdomiro, Jair, Bira, Batista e Mário Sérgio.
O time de 1979 – Em pé: João Carlos, Benítez, Mauro Pastor, Falcão, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro. Agachados: Valdomiro, Jair, Bira, Batista e Mário Sérgio.

 

O Campeonato Brasileiro de 1979 foi o último organizado pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos), que se desmembrou em CBF e outras confederações dedicadas a esportes específicos naquele ano. Por causa do regime militar em voga e regulamentos mais confusos que qualquer outra coisa, a competição teve incríveis 94 clubes, com exceção de Corinthians, Portuguesa, São Paulo e Santos, que não disputaram o torneio por não aceitar entrar na segunda fase (e não na terceira como fizeram Guarani e Palmeiras, campeão e vice do ano anterior). Incluído na primeira fase, o Internacional teve sorte no sorteio e esteve no Grupo G, com poucos times que poderiam atrapalhar os planos dos colorados (com exceção do rival Grêmio, do Atlético-PR e do Coritiba).

A caminhada dos comandados de Ênio Andrade começou em Curitiba, num empate sem gols contra o Atlético-PR. Na sequência, o time venceu o Santa Cruz em pleno Arruda, por 2 a 1, bateu o Figueirense, em casa, por 1 a 0, superou o rival Grêmio, em casa, por 1 a 0 (gol de falta de Jair), goleou o Sport e o Coritiba, ambos fora de casa e pelo mesmo placar (3 a 0), empatou com o América-RJ, em casa, em 1 a 1, goleou o Rio Branco-ES, em casa, por 5 a 1, e empatou com o Operário, em casa, em 2 a 2. Líder e imbatível, o Internacional superou a primeira etapa do campeonato com o entusiasmo lá em cima e com o grupo muito unido e focado no título, como bem lembrou o volante Batista tempo depois:

“Eu tive uma distensão muscular logo no primeiro jogo e fiquei de fora algumas partidas, mas o elenco passou a se preparar para cada duelo. O adversário mais difícil sempre era o próximo”. Batista, volante do Internacional em 1979, em entrevista à revista Placar, junho de 2005.

 

Embalados e unidos

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Na segunda fase, o Inter manteve a pegada e o crescente entrosamento do time para abocanhar mais uma vez a liderança de seu grupo. Após vencer o Goytacaz, em casa, por 1 a 0, o Colorado fez 3 a 1 no São Paulo-RS, em casa, empatou três jogos seguidos (1 a 1 com a Caldense, fora, 0 a 0 com a Anapolina, em casa, e 0 a 0 com o Atlético-PR, fora), goleou a Desportiva, em casa, por 4 a 0, e bateu a Internacional de Limeira, por 1 a 0, fora. Embora tenha mantido a invencibilidade com quatro vitórias e três empates em sete jogos na segunda fase, o time gaúcho passou por momentos delicados em determinadas ocasiões. Contra o Goytacaz, o técnico Ênio Andrade afastou Jair por falta de empenho nos treinamentos.

Após uma conversa, o jogador admitiu o erro, voltou ao time titular e marcou até gol na partida seguinte. Contra a Desportiva, em novembro, Mário Sérgio sofreu com a torcida durante o primeiro tempo mesmo com 1 a 0 no placar a favor dos colorados e pediu para ser substituído no intervalo do jogo, com receio de as vaias prejudicarem o time. No mesmo instante, o elenco não aceitou o pedido do ponta e ele voltou com o moral elevado para a segunda etapa. Resultado? O Inter marcou três gols e goleou os capixabas por 4 a 0.

No Inter de 1979, habilidade dos meio-campistas e dos atacantes davam extrema força ofensiva ao time, que jogava no 4-3-3, esquema favorito de Ênio Andrade.
No Inter de 1979, habilidade dos meio-campistas e dos atacantes dava extrema força ofensiva ao time, que jogava no 4-3-3, esquema favorito de Ênio Andrade.

 

Exibição de virtudes no Mineirão e no Morumbi

jorge mendonça x falcão

Sem preciosismo nem pouco caso, os jogadores chegavam cada vez mais perto da reta final. Na terceira fase, a última antes do mata-mata e com quatro times em cada grupo, o Internacional venceu o Goiás, em casa, por 1 a 0 (gol de Mário Sérgio), e foi para o tudo ou nada contra o Cruzeiro, no Mineirão. O confronto era tido como crucial para as pretensões de ambas as equipes no torneio. Os mineiros tinham o apoio de sua fanática torcida e apostavam no talento e velocidade de Joãozinho no duelo contra o colorado João Carlos para acabar de vez com a invencibilidade gaúcha. Antes do jogo, porém, Ênio Andrade encorajou o defensor (que jogava improvisado na lateral) e ganhou o reforço de Tim, que disse “mete bronca, negro! Você tem futebol pra acabar com ele (Joãozinho)”.

Em campo, o lateral jogou muito bem, Joãozinho até marcou um gol, mas João Carlos não teve culpa. Pelo contrário: ele teve participação decisiva no primeiro dos três gols que decretaram a vitória por 3 a 2 do Inter, com o gol salvador marcado pelo experiente Valdomiro. No último jogo, a equipe gaúcha nem suou para conseguir a classificação para a semifinal e vencer o Atlético-MG por 1 a 0, até porque nem jogo teve. A vitória foi por W.O., já que o Galo abandonou a disputa por não concordar com a escolha de mandos de campo em dois de seus jogos naquela terceira fase (ambos fora de casa).

Na semifinal, o Inter teve pela frente um adversário complicadíssimo: o Palmeiras de Telê Santana e Jorge Mendonça, num duelo que serviria para desempatar os clubes que mais levantaram a taça do Brasileiro naquela década (duas vezes cada um). Quem vencesse, diziam muitos, já seria o virtual campeão e o “campeão dos anos 70” no Brasil. O primeiro duelo foi no lotado Morumbi e o Internacional sentiu a pressão no primeiro tempo ao levar o primeiro gol do Verdão, marcado por Baroninho. No entanto, naquele dia, Ênio Andrade provaria como nunca uma fama construída ao longo dos anos: a de “mestre dos vestiários”. O treinador sabia mexer com o brio de seus jogadores e a maneira de eles jogarem, mostrando os erros e as soluções para sair de uma adversidade. Sua fala mansa e carisma também eram fundamentais para dar mais confiança aos atletas, que retribuíam em campo todo o suporte do professor.

Naquele jogo do Morumbi, Ênio acordou o Inter, que empatou logo aos cinco minutos com Jair. Jorge Mendonça colocou o Palmeiras na frente, mas os colorados tinham um craque fora de série que resolvia qualquer partida: Falcão. Sublime e no auge da forma, o mito vermelho empatou e virou o jogo para o Inter, que saiu de São Paulo com mais uma vitória na bagagem. Na volta, o empate em 1 a 1 no Beira-Rio colocou o Colorado em mais uma decisão de Brasileiro, a terceira em apenas cinco anos.

No dia seguinte ao jogo contra o Palmeiras, o JT rasgou elogios ao craque Falcão.
Antes do jogo contra o Palmeiras, o Jornal da Tarde, de São Paulo, provocou ao questionar quem era melhor: Mococa, do Palmeiras, ou Falcão, do Inter. No dia seguinte, a pergunta foi respondida…

 

A façanha inigualável

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O Inter teve que encarar outro estádio mítico do futebol brasileiro em sua caminhada do tricampeonato brasileiro: o Maracanã. Diante de uma torcida toda contra e muita chuva, os gaúchos queriam pelo menos empatar contra o Vasco de Roberto Dinamite para poder viajar até Porto Alegre com mais tranquilidade. Mas a tarefa seria bem complicada não só por causa do rival e da partida no Maracanã, mas também pelas ausências de Falcão e Valdomiro. Ênio Andrade escalou Valdir Lima e Chico Spina nos lugares de seus intocáveis jogadores e conseguiu o que poucos acreditavam. Com um gol em cada tempo, o Inter venceu o Vasco por 2 a 0 com uma atuação exuberante de Chico Spina, autor dos dois gols. O resultado foi o melhor dos mundos para os colorados, que teriam a vantagem do empate no Beira-Rio. Mas ninguém queria terminar o torneio sem vibrar com uma vitória.

Falcão, a faixa de tricampeão e a taça.
Falcão com a faixa de tricampeão e a taça.

 

O Vasco foi a campo com vários atacantes e determinado a reverter o placar. Mas Ênio Andrade soube muito bem neutralizar a tática suicida dos cariocas, teve a volta de Falcão no meio de campo e viu seu time vencer por 2 a 1, gols de Jair e Falcão. A vitória fez do Internacional o primeiro tricampeão do Campeonato Brasileiro e, acima de tudo, o primeiro campeão brasileiro invicto. Foram 23 jogos, 16 vitórias, sete empates, 40 gols marcados e 13 sofridos, totalizando um saldo de 27 gols. Uma campanha inesquecível, incontestável e impressionante que segue como a segunda melhor em termos de aproveitamento em toda a história do torneio – 79,7%, atrás apenas da campanha do próprio Inter em 1976 (84%). Jamais um clube conseguiu repetir o feito daquele Inter de Ênio Andrade e, nos moldes atuais do Brasileirão em pontos corridos, essa façanha dificilmente irá acontecer de novo.

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A América fica por um triz

Em 1980, Ênio Andrade seguiu no comando do Inter em busca de um título inédito tanto para o clube quanto para o futebol gaúcho: a Copa Libertadores. Na primeira fase, o Inter conseguiu a classificação com quatro vitórias, um empate e uma derrota em seis jogos, deixando para trás o freguês Vasco e os venezuelanos do Deportivo Galicia e do Deportivo Táchira. Na fase final, a equipe mostrou força e derrotou o Vélez Sarsfield-ARG, em casa, por 3 a 1, e por 1 a 0, fora, além de empatar sem gols contra o América de Cali-COL em casa e fora. Os resultados levaram os colorados a uma inédita final.

Mas um fator triste acabou pesando contra os brasileiros. Falcão, maior ídolo da história do clube, foi negociado com a Roma-ITA e disputaria suas últimas partidas com a camisa vermelha exatamente naquela decisão continental contra o Nacional-URU. No primeiro jogo, no Beira-Rio, as mais de 60 mil pessoas presentes no estádio vaiaram o craque, mas em cada um deles havia muita tristeza por causa da venda do ídolo. O jogo terminou empatado em 0 a 0, o Inter não conseguiu segurar o ímpeto de Rodolfo Rodríguez, Hugo De León, Victor Espárrago e Waldemar Victorino em Montevidéu, e o Nacional venceu por 1 a 0, conquistando o bicampeonato da Libertadores.

 

Superá-los? Quase impossível

Falcão caminha orgulhoso com o manto do Inter já com as três estrelas.
Falcão caminha orgulhoso com o manto do Inter já com as três estrelas.

 

Após a saída de Falcão, o Internacional iniciou uma reformulação em seu elenco e tentou manter a força construída nos anos 70 também na década seguinte. No entanto, o grande Flamengo de Zico, o Grêmio de Renato e Tarciso e vários outros esquadrões impediram o Colorado de conquistar o Brasil. O time até chegou perto em 1987 e 1988, mas perdeu ambas as finais para Flamengo e Bahia. Desde então, o torcedor do Inter já comemorou vários títulos estaduais, viu seu time conquistar a América e o Mundo, mas o grito de campeão brasileiro segue entalado na garganta desde 1979. O que conforta a galera do Beira-Rio é que mais de três décadas se passaram e ninguém conseguiu igualar ou superar o feito do esquadrão vermelho. Nem o Flamengo de Zico. Nem o São Paulo de Telê. Nem o Palmeiras de Roberto Carlos, Edmundo e Evair. Nem o Grêmio de Felipão. Nem o Vasco de Edmundo. Nem o Corinthians de Marcelinho, Edílson e Ricardinho. Nem o Cruzeiro de Alex. Ser campeão do Campeonato Brasileiro sem perder um jogo sequer ainda é privilégio exclusivo de Benítez, João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão, Cláudio Mineiro, Batista, Jair, Falcão, Valdomiro, Chico Spina, Bira e Mário Sérgio. E Ênio Andrade. Heróis do Internacional de 1979. Um esquadrão imortal.

Os personagens:

Benítez: muito seguro e ágil, o paraguaio fechou o gol do Internacional na campanha do Brasileiro e foi um dos destaques da equipe na competição. Foi uma das maiores revelações de seu país naquele final de anos 70, foi titular da Seleção Paraguaia e só não teve uma carreira mais longa por causa de uma grave lesão em uma partida disputada em 1983, pelo Inter, no interior gaúcho.

João Carlos: era zagueiro de origem, mas foi improvisado na lateral por Ênio Andrade e não comprometeu. Jogou sério, fez ótimas partidas na reta final e venceu o duelo com Joãozinho, do Cruzeiro, quando todos pensavam que ele levaria um baile do habilidoso cruzeirense.

Mauro Pastor: experiente, bom no jogo aéreo e muito leal, completava com perfeição a dupla de zaga colorada naquele ano de 1979. Jogando ao lado do garoto Mauro Galvão, Pastor passou muita tranquilidade ao jovem talento e manteve a retaguarda vermelha intacta em várias partidas do torneio. Mostrou muita frieza nos momentos decisivos.

Mauro Galvão: com apenas 17 anos (completou 18 na reta final do Brasileiro), foi a maior revelação do Colorado naquele final de década. Muito habilidoso, ótimos nas saídas de bola e especialista em desarmar os adversários com carrinhos leais e impecáveis, Galvão mostrou que seria um dos principais zagueiros do futebol brasileiro por muito tempo. Exemplo de longevidade, o zagueiro encerrou a carreira em 2002 com uma coleção invejável de títulos no currículo. Leia mais sobre ele clicando aqui!

Cláudio Mineiro: muito bom na marcação e no apoio ao ataque, foi soberano na lateral-esquerda da equipe entre 1979 e 1980. Fez falta durante a disputa da Libertadores e perdeu algumas partidas da reta final.

Batista: depois de ser coadjuvante de luxo nos títulos de 1975 e 1976, Batista vivia o auge da carreira naquele ano de 1979 e foi um dos pilares do meio de campo do Inter. Com boa capacidade física, Batista conseguia marcar e apoiar o ataque com a mesma vitalidade e regularidade. Saía jogando com categoria e iniciava vários contra-ataques mortais. Fundamental na conquista.

Jair: perito em cobranças de falta e muito habilidoso, “Jajá” jogou muito em 1979 e marcou vários gols essenciais na conquista colorada. Sabia cadenciar o jogo quando preciso e engatilhar ataques rápidos também. Depois de brilhar pelo Inter, foi jogar no Peñarol-URU e conquistou, em 1982, o título que lhe escapou em 1980: a Copa Libertadores.

Falcão: o “Puro-Sangue”, apelido que ganhou da torcida, foi o maior jogador da história do Internacional e um dos maiores meias do futebol mundial no século XX. Tinha uma visão de jogo plena, ótimo passe, perfeito na armação e ótimo no drible, no chute e na finalização. Foram mais de 390 jogos pelo Inter, três Campeonatos Brasileiros e cinco Campeonatos Gaúchos. Saiu do time em 1980 para virar o “Rei de Roma”. Leia mais sobre esse monstro do futebol clicando aqui.

Valdomiro: ponta-direita, Valdomiro é o atleta que mais vestiu a camisa do Inter na história: 711 vezes. Marcou quase 200 gols na carreira e era um dos maiores garçons do time. Foi ídolo e o único a vencer genuinamente o octacampeonato gaúcho (1969-1976), além do tri brasileiro (1975/1976/1979).

Chico Spina: ninguém conhecia Spina nem ouvia falar muito sobre ele até a primeira partida da final do Campeonato Brasileiro de 1979. Com dois gols, o atacante destroçou o Vasco em pleno Maracanã e praticamente selou o tricampeonato nacional do Inter. Virou xodó instantâneo da torcida, mas não repetiu o futebol daquela partida e passou por vários clubes até encerrar a carreira em 1988.

Bira: depois de brilhar pelo Remo, foi jogar no Internacional e se deu bem no ataque do time. Não era habilidoso, mas se colocava bem na área, dava passes preciosos para os companheiros e costumava marcar seus golzinhos.

Mário Sérgio: o meia foi o grande armador do Inter naquele título de 1979 e ainda marcou vários gols durante a campanha vitoriosa. Dava passes magníficos e com precisão milimétrica, driblava como poucos e ajudava na marcação do meio de campo quando o adversário retinha a bola.

Ênio Andrade (Técnico): técnico nato, estrategista, pleno nas táticas e vencedor. Andrade foi um dos responsáveis pela reviravolta do Inter em 1979 e por fazer do Colorado o primeiro campeão brasileiro invicto. Com pulso firme e o elenco na mão, conduziu com maestria um esquadrão equilibrado do começo ao fim. Leia mais sobre ele clicando aqui.

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Comentários encerrados

4 Comentários

  1. Mauro Galvão era um zagueiro sensacional assim como todo o elenco daquele Internacional da metade e do final da década de 70. Mauro Galvão merece um texto de craque imortal em breve, daqui pro ano que vem, sem sombra de dúvidas porque jogou demais no Internacional, no Botafogo, no Vasco campeão Brasileiro e da America, no Lugano da Suíça, bem como na Seleção brasileira. Realmente um grande texto, acima de tudo fabuloso relembrando este esquadrão.

    • Caro Urubu da Gávea, sou Colorado e agradeço seu reconhecimento, e sou grande admirador do Flamengo, pois lembro bem daquele timaço do início da década de 80. Grande abraço

Craque Imortal – Scirea

Esquadrão Imortal – Chelsea 2004-2007