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História da Camisa da Itália

 

Existem vários times e seleções que utilizam camisas azuis, mas apenas uma equipe veste uma camisa Azul pura, com letra maiúscula mesmo: a Seleção Italiana de Futebol. Dona de quatro títulos mundiais, um Ouro Olímpico, uma Eurocopa e várias outras conquistas, a Squadra Azzurra é conhecida e respeitada no mundo inteiro há mais de um século pelo estilo único de jogar futebol com base em uma sólida defesa e perigosos e letais contra-ataques, tudo sem perder a classe e técnica que sempre estiveram presentes em craques de várias gerações como Meazza, Piola, Ferrari, Valentino Mazzola, Rivera, Facchetti, Zoff, Scirea, Tardelli, Conti, Baggio, Maldini, Baresi, Cannavaro, Nesta, Totti e muitos outros. A principal identidade da Itália em campo é, claro, o uniforme composto por camisa e meias azuis e calção branco. No entanto, poucas pessoas sabem a origem dessa combinação que foge completamente das cores presentes na bandeira do país (verde, vermelho e branco).

A Itália de branco, em 1910.

 

Em 1910, a primeira seleção italiana utilizou um uniforme todo branco pelo simples fato de a cor ser bem mais barata do que outras tonalidades na época. As duas primeiras partidas da equipe (vitória por 6 a 2 contra a França e derrota por 6 a 1 para a Hungria, ambas em maio de 1910) foram de branco. Somente a partir do terceiro jogo, também contra a Hungria, mas em janeiro de 1911, que os dirigentes decidiram adotar a cor azul para a camisa da seleção pelo fato de a Casa Real de Savoia, que governou o país de 1861 até 1946, ter o azul como cor oficial. Existem ainda algumas teorias sobre a origem da camisa italiana como uma homenagem à camisa da França, ao “azul do mar” que cerca a Itália e até mesmo pelo fato de a cor ser uma alternativa para dias de nevasca que dificultassem a visualização do branco.

Em 1934, a Itália fez história ao conquistar seu primeiro Mundial de azul.

 

Embora a camisa azul (que era em tom mais claro que o atual) tenha “estreado” com o pé esquerdo (a Itália perdeu para a Hungria por 1 a 0), ela passou a ser a oficial da equipe por vários anos, sempre acompanhada de calção branco e meias pretas. Na década de 30, auge do fascismo do ditador Benito Mussolini, a Itália chegou a disputar partidas toda de negro em uma clara referência política. A partir da década de 50, a política deixou o campo e o azul virou absoluto, com o branco sendo a cor número 2 da equipe.

A Itália de 1970: uniforme icônico e clássico.

 

 

 

Ao longo das décadas, as únicas mudanças feitas no uniforme italiano foram nas golas e punhos, que ora eram mais estreitos, ora com finas listras em vermelho, branco e verde, com destaque para as belíssimas camisas das Copas de 1982 e 1990. Em 2009, a equipe ousou ao lançar uma camisa num tom de azul mais claro em homenagem à primeira vestimenta azzurra da equipe, mas a tonalidade não agradou muita gente e deixou de ser utilizada rapidamente. Desde então, o manto da seleção tetracampeã do mundo não sofreu mais intervenções e segue absoluto e inconfundível: camisa e meias azuis e calção branco. Clássico, belo e vencedor.

 

Este texto foi uma parceria do Imortais com o Mantos do Futebol, mais completo site brasileiro de notícias sobre camisas de futebol. Acesse este link e confira as novidades e lançamentos de todos os clubes do mundo!

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