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Jogos Eternos – Bayern München 5×1 Wolfsburg 2015

Data: 22 de setembro de 2015

O que estava em jogo: a vitória, claro, na 6ª rodada do Campeonato Alemão de 2015-2016

Local: Allianz Arena, Munique, Alemanha

Juiz: Tobias Stieler (ALE)

Público: 75.000 pessoas

Os Times:

Fußball-Club Bayern München: Neuer; Lahm, Boateng, Alaba e Bernat (Javi Martínez, intervalo); Xabi Alonso (Kimmich, aos 33’ do 2º T), Thiago Alcântara (Lewandowski, intervalo) e Vidal; Douglas Costa, Thomas Müller e Mario Götze. Técnico: Pep Guardiola.

Verein für Leibesübungen Wolfsburg: Benaglio; Träsch, Dante, Naldo e Rodríguez; Caligiuri, Guilavogui, Luiz Gustavo (Arnold, aos 14’ do 2º T), Draxler e Kruse (Schürrle, aos 33’ do 2º T); Dost (Bendtner, aos 33’ do 2º T). Técnico: Dieter Hecking.

Placar: Bayern München 5×1 Wolfsburg. Gols: (Caligiuri-WOL, aos 26’ do 1º T; Lewandowski-BMU, aos 6’, 7’, 10’, 12’ e 15’ do 2ºT).

 

“A pirotecnia de Lewandow5ki contra um time inteiro”

Por Guilherme Diniz

O que um atacante consegue fazer em nove minutos de jogo? Alguns, muita coisa. Outros, pouca coisa. Muitos, quase nada. Porém, certa noite, um atacante fez muita, mas muita coisa. Não em apenas nove minutos, mas precisamente em oito minutos e 57 segundos. Ele estava no banco, entediado, vendo seu time perder em casa por 1 a 0 para o Wolfsburg após o primeiro tempo. Na segunda etapa, o técnico do Bayern, Pep Guardiola, decidiu dar uma chance àquele atacante polonês. Após gastar alguns minutos para se aquecer, ler o rival e sua zaga, ele começou a jogar bola. Fez um gol aos 6’ e empatou. Um minuto depois, chutaço e gol da virada. Três minutos depois, ele recebeu na área e precisou de três tentativas para fazer o terceiro. Dois minutos depois, o atacante fuzilou o goleiro para marcar o quarto. E, três minutos depois, completou sua quina com um lindo voleio. Cinco gols. Em nove minutos. Um jogo difícil transformado em pelada. Uma façanha impossível “vulgarizada”. Quatro recordes mundiais quebrados de uma só vez. Algo inédito na história das quatro grandes ligas da Europa. Um feito para a eternidade do futebol. Robert Lewandowski foi simplesmente letal naquele dia 22 de setembro de 2015. Virou Lewandow5ki. E inspirou as mais simbólicas reações pelo mundo, a mais icônica delas do próprio técnico Pep Guardiola, que não viu algo como aquilo nem em seus tempos de Barcelona. Simplesmente inesquecível. É hora de relembrar.

 

Pré-jogo

Wolfsburg foi campeão da Supercopa da Alemanha de 2015 sobre o Bayern.

 

Bayern e Wolfsburg, campeão e vice da temporada anterior do futebol alemão, respectivamente, chegaram àquela 6ª rodada da Bundesliga em uma situação diferente dos anos anteriores. É que o time alviverde vinha de dois triunfos sobre os bávaros que romperam uma sequência soberana do time de Munique. De agosto de 2009 até agosto de 2014, o Bayern não perdeu para o Wolfsburg e ainda somou duas goleadas acachapantes de 6 a 1 no período (uma pelas semifinais da Copa da Alemanha de 2012-2013 e outra pela Bundesliga de 2013-2014). Foram 11 vitórias e um empate em 12 partidas, série que só foi quebrada em janeiro de 2015, quando o Wolfsburg venceu o Bayern por 4 a 1 pela Bundesliga. Meses depois, em agosto, os times decidiram a Supercopa da Alemanha e o Wolfsburg venceu o Bayern nos pênaltis por 5 a 4 após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar.

O novo encontro daquele dia 22 de setembro tinha o Wolfsburg vindo de uma sequência de 12 jogos sem perder – somando as partidas da reta final da temporada 2014-2015 -, e o Bayern querendo manter a liderança do campeonato dominado por ele desde 2012-2013. Os Lobos já não tinham a força ofensiva de antes por causa das vendas de duas peças importantes do esquema tático do técnico Dieter Hecking: o belga Kevin De Bruyne, negociado junto ao Manchester City-ING por 75 milhões de euros, e o croata Ivan Perisic, vendido à Internazionale por 18 milhões de euros. A equipe se reforçou com o zagueiro brasileiro Dante e o meia alemão Draxler, mas era inegável que o time não teria a mesma eficiência de antes sem De Bruyne e Perisic, dupla que ganharia o estrelato definitivo após suas participações na Copa do Mundo de 2018, com De Bruyne como maestro da Bélgica que terminou o Mundial na terceira posição e Perisic um dos principais nomes do ataque da Croácia vice-campeã do mundo.

Perisic e De Bruyne deixaram os Lobos naquela temporada.

 

Do lado bávaro, Guardiola ganhou importantes reforços como o polivalente alemão Kimmich, o meia brasileiro Douglas Costa e o volante chileno Arturo Vidal, enquanto deixaram o clube o meia alemão Schweinsteiger, o atacante peruano Claudio Pizarro, o goleiro espanhol Pepe Reina e o zagueiro brasileiro Dante, curiosamente rival do Bayern naquele confronto de setembro – o defensor recebeu inclusive uma homenagem da diretoria bávara antes do jogo por ser a primeira vez que ele retornava à Munique desde sua saída.

Por reunir campeão e vice da temporada anterior, o duelo era cercado de expectativas, ainda mais pelo ligeiro clima de revanche do Bayern por causa da derrota recente na final da Supercopa da Alemanha. Jogando em casa, Guardiola escalou um time rápido e ofensivo com Douglas Costa, Thomas Müller e Götze no ataque, municiado por Thiago Alcântara, Vidal e Xabi Alonso no meio de campo. O espanhol não escalou Lewandowski, polonês que era o principal homem-gol do time e artilheiro da Bundesliga na temporada anterior. Deixá-lo no banco era uma maneira de evitar um desgaste maior do atacante pelo fato de ele voltar de uma recente lesão. Ele vinha jogando desde a pré-temporada e acumulava três gols na Bundesliga. Caso as coisas não corressem como o esperado, Lewa jogaria o segundo tempo, mas Guardiola tinha convicção de que seu trio de ataque iria dar conta. Bem, só com a bola rolando para descobrir…

 

 

Primeiro tempo – Tudo errado

Caligiuri abriu o placar para o Wolfsburg no primeiro tempo. Foto: Kicker.

 

Como de costume nos times de Guardiola, o Bayern começou o jogo trocando passes e buscando uma brecha na defesa do Wolfsburg, que se fechou muito bem principalmente no meio de campo, com cinco jogadores no miolo central. A primeira chance real do Bayern aconteceu só aos 17’, quando Thomas Müller recebeu de Götze e chutou da entrada da área, mas a bola passou à esquerda do gol de Benaglio. O Wolfsburg tentou responder um minuto depois com Draxler, mas o meia não alcançou a bola cruzada por Träsch. Aos 19’, Douglas Costa chutou, mas Benaglio caiu bem para fazer a defesa. Embora dominante, o Bayern não conseguia reverter aquilo em gol. E, aos 26’, após Thomas Müller ser interceptado por Dante, o Wolfsburg engatilhou um contra-ataque, Draxler tocou na direita para Caligiuri e o camisa 7 encheu o pé para marcar um golaço, indefensável para Neuer: 1 a 0.

Douglas Costa (à dir.) foi o mais acionado do Bayern na etapa inicial. Foto: Reuters.

 

O Bayern tentou a resposta logo aos 31’, com Douglas Costa, que chutou forte da entrada da área e obrigou Benaglio a realizar uma difícil defesa. O brasileiro era o mais participativo do ataque bávaro, mas parava no goleiro suíço. Todo no ataque, o Bayern quase levou o segundo gol aos 39’, em um lance pitoresco de Neuer. O goleiro saiu do gol para interceptar uma bola e avançou até o meio de campo, como se fosse um líbero. Ele se deu bem, mas quando foi tentar o domínio da bola, um jogador do Wolfsburg apareceu. O camisa 1 tentou tirar de carrinho, mas passou batido. Guilavogui apareceu de trás e chutou de primeira do meio de campo. A bola voou e passou caprichosamente raspando a trave direita do gol! Seria épico, mas o Bayern escapou por um triz.

Marcação cerrada pra cima de Thomas Müller. Foto: EFE.

 

Nos minutos seguintes, o Bayern pouco criou e o intervalo chegou em boa hora para os bávaros. O Wolfsburg tinha controle do jogo e era muito mais perigoso mesmo sem a posse de bola. Guardiola teria que mexer no time se quisesse a virada. E foi isso mesmo que ele fez. O treinador sacou Bernat e Thiago Alcântara para as entradas de Javi Martínez e Lewandowski. Com isso, o espanhol foi para a zaga, Alaba passou a atuar na lateral-esquerda, Thomas Müller foi recuado para o meio e Lewandowski virou o centroavante. Era a cartada final de Guardiola. No entanto, nem ele nem o mais esperançoso torcedor bávaro poderia imaginar o que aconteceria dali pra frente…

 

Segundo tempo – A devastação em nove minutos

O artilheiro comemora: pirotecnia na Allianz Arena! Foto: AP.

 

Com 2’, Alaba apareceu pela esquerda e chutou rasteiro, mas Benaglio defendeu. Dois minutos depois, o Wolfsburg tentou a resposta, sem sucesso. Até que, no minuto seguinte, o Bayern avançou pela direita, Vidal recebeu na entrada da área e tocou de calcanhar para Thomas Müller. Na hora da finalização, o alemão foi desarmado por Dante, mas a bola sobrou para um atacante livre na pequena área: Lewandowski. Ele só teve o trabalho de escorar no canto, de perna esquerda, sem chances para Benaglio: 1 a 1. O gol saiu aos 5m40s do segundo tempo. Anote bem esse número.

Guardiola mexeu no time na segunda etapa, deslocando Alaba para a lateral e recuando Thomas Müller. Centralizado e muito bem municiado, Lewandowski aproveitou e deu show.

 

O Wolfsburg deu a saída, o Bayern tomou a bola para si novamente e a redonda foi passada instantaneamente para Lewandowski. O camisa 9 chutou da entrada da área, forte, e marcou o gol da virada: 2 a 1. No mesmo canto direito do goleiro. Indefensável mais uma vez. Ainda atordoado, o Wolfsburg deu a saída, ciscou mais um pouco e o Bayern tomou a bola mais uma vez, aos 10’. Thomas Müller tocou para Douglas Costa, e este rolou para… Lewandowski. Na primeira tentativa, o polonês chutou na trave. Na segunda, parou no goleiro Benaglio. Mas, na terceira, ele guardou: 3 a 1. Três gols em quatro minutos. Ele estava com instinto predatório. Queria gol. Os Lobos pareciam Chihuahuas procurando o dono com o rabo entre as patas. Tremiam, coitados. Mas tinha mais…

Lewa anota o terceiro dele na noite.

 

Aos 12’, Boateng tocou na esquerda para Douglas Costa, que avançou pela esquerda, foi até a linha de fundo e cruzou para a área. Naturalmente a zaga alviverde deveria tirar. Mas cederam espaço para Lewandowski. O polonês pegou de primeira, chapada de direita, golaço: 4 a 1. Ele comemorou sinalizando o número quatro para a torcida, entorpecida com tantos gols, com os olhos quase lacrimejando por ser impossível piscar devido ao risco de perder um gol do polonês! Aos 14’, o técnico Dieter Hecking tentou desesperadamente mudar alguma coisa na parte tática do time ao colocar Arnold no lugar de Luiz Gustavo. Só que, aos 15’, Götze, com a bola dominada pela direita, cruzou para a entrada da área e adivinhe quem estava lá, pronto para marcar mais um? Lewandowski… O camisa 9 não fez apenas um gol. Fez uma pintura, um golaço, pleno e espetacular para completar sua quina de gols. Lewandowski emendou um voleio perfeito e a bola foi parar no mesmíssimo canto direito do goleiro Benaglio, assim como outros três gols anotados pelo atacante: 5 a 1.

Lewa faz o quarto…

 

… Aplica um voleio espetacular para fazer o quinto…

 

… Mostra para todo mundo sua façanha…

 

… E deixa embasbacado…

 

… O técnico…

 

… Guardiola!

 

A reação do técnico Guardiola, maravilhado, virou icônica e histórica da mesma maneira que os feitos de Lewandow5ki. Ele marcou cinco gols em nove minutos. Ou melhor, em 8m57s. Caíram por terra escritas, marcas e recordes:

 

  • Nunca na história um jogador havia marcado cinco gols em tão pouco tempo nas principais ligas europeias (Alemã, Inglesa, Italiana e Espanhola);
  • Desde 1991 que um jogador não marcava cinco gols em um só jogo na Bundesliga;
  • Desde 1984 que um jogador do Bayern não fazia cinco gols em um só jogo – o último havia sido Diettmar Hoeness.

 

Lewa ainda quebrou quatro recordes mundiais e entrou para o Guinness Book pelos seguintes feitos:

 

  • Hat-trick mais rápido da história da Bundesliga: 3m22s;
  • Quatro gols mais rápidos da Bundesliga: 5m42s;
  • Cinco gols mais rápidos da Bundesliga: 8m57s;
  • Mais gols anotados por um substituto na Bundesliga: cinco.

 

Nos minutos seguintes, diante de um placar tão absurdo alcançado em tão pouco tempo, foi natural o relaxamento do Bayern e a busca de mais gols. No entanto, Lewandow5ki quase fez o sexto, aos 25’, quando chutou de esquerda e a zaga tirou em cima da linha! Benaglio ainda teve que trabalhar em chutes de Götze e Thomas Müller, mas o placar permaneceu mesmo 5 a 1.

O polonês precisou receber apenas oito vezes e finalizar sete para destruir o Wolfsburg. O Bayern teve 63% da posse de bola e finalizou 18 vezes, quase a metade só com Lewa. A vitória manteve o Bayern na liderança com 100% de aproveitamento, mas ela foi um mero detalhe naquela noite, toda de Lewandow5ki, que confirmou seu status de um dos mais prolíficos atacantes do planeta na época e um ensinamento: não existe desculpa para pouco tempo no futebol. Qualquer tempo é suficiente. Basta eficiência, talento e instinto predatório. Algo que Lewa sempre teve.

 

Pós-jogo: O que aconteceu depois?

 

Bayern München: a façanha do polonês ganhou o mundo e rendeu os mais diversos elogios. Guardiola disse após aquele jogo que “isso é algo que nunca experimentei antes. Cinco gols em nove minutos. Robert é um grande jogador na Alemanha e no mundo há algum tempo. Estou muito feliz por ele. Por sua confiança e nosso futuro, isso foi extremamente importante. Realmente não consigo entender. Cinco gols. Nem como treinador nem como jogador, experimentei algo assim e não consigo explicar”. O atacante comentou que tudo aquilo era “uma loucura. Cinco gols, é inacreditável. Eu só queria chutar e não estava pensando no que aconteceria depois. Estou muito, muito satisfeito. Foi uma ótima noite para mim”. Apenas uma pessoa “criticou” o craque: Lahm, capitão do Bayern na época, que disse que “Você deve permanecer crítico… Lewandowski deveria ter feito sete gols nesta noite, ele perdeu duas oportunidades!”, aos risos, claro.

Lewandow5ki marcou mais dois gols no jogo seguinte do Bayern na Bundesliga e mais dois em outro jogo, provando que seu faro estava aguçado ao extremo. No fim, o time bávaro manteve a coroa na Alemanha e foi campeão da Bundesliga. Como não poderia deixar de ser, Lewandow5ki foi o artilheiro do torneio com 30 gols em 32 jogos, anotou 42 gols em 51 jogos na temporada e recebeu quatro placas do Guinness Book pelos seus recordes, eternizados e que dificilmente serão igualados tão cedo…

Lewandowski e seus quatro recordes mundiais. Foto: Getty Images.

 

Wolfsburg: a sapecada que levou do Bayern provou que o Wolfsburg não iria repetir o bom desempenho da temporada anterior. O clube terminou a Bundesliga na 8ª colocação e caiu precocemente na Copa da Alemanha. Só na Liga dos Campeões da UEFA que os Lobos cumpriram um papel satisfatório após terminarem na liderança um grupo com Manchester United-ING e PSV-HOL e eliminar o Gent-BEL nas oitavas de final com duas vitórias. Os alemães só caíram nas quartas de final, diante do futuro campeão Real Madrid-ESP, que reverteu o placar de 2 a 0 construído pelos Lobos na ida com uma vitória por 3 a 0 na partida de volta, em Madri. E um adendo: os 5 a 1 sofridos para o Bayern iniciaram uma nova série de invencibilidade dos bávaros, que não perdem desde aquela noite de setembro de 2015 para os alviverdes. E lá se vão 11 jogos, com 10 vitórias e um empate, sendo quatro goleadas (além dos 5 a 1, teve um 5 a 0 em dezembro de 2016 – com dois de Lewandowski -; um 6 a 0 em abril de 2017 – dois gols de Lewandowski -; e um 6 a 0 em março de 2019 – dois gols de Lewandowski). Em apenas três desses 11 jogos o polonês não marcou gols – foram 16 tentos anotados nesses confrontos… Definitivamente, mencionar o nome do atacante em Wolfsburg não é bom negócio.

 

Extra:

Veja os gols daquele jogo histórico:

 

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Comentários encerrados

3 Comentários

  1. Belo texto, Guilherme! Como fã de futebol, digo que adoro o que o Imortais tem a mostrar!

    O que Lewandowski fez em cima do Wolfsburg no jogo foi uma coisa de louco! Não é todo dia que se vê alguém fazendo cinco gols assim em pouquíssimo tempo. Isso me fez lembrar de uma outra pirotecnia, mas do Roberto Dinamite, quando ele fez cinco gols em uma partida do Campeonato Brasileiro de 1980. Foi aquele Roberto 5×2 Corinthians. Não foi em um curto espaço de tempo como o do Lewandowski mas, na minha opinião, foi um Jogo Eterno que merece ser lembrado pelo Imortais. Abraço!

Esquadrão Imortal – Blackburn Rovers 1994-1995

Esquadrão Imortal – Sport 2008