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Esquadrão Imortal – Bayern München 2011-2013

Em pé: Alaba, Neuer, Mandzukic, Javi Martínez, Dante e Boateng. Agachados: Ribéry, Lahm, Thomas Müller, Robben e Schweinsteiger.
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Em pé: Alaba, Neuer, Mandzukic, Javi Martínez, Dante e Boateng. Agachados: Ribéry, Lahm, Thomas Müller, Robben e Schweinsteiger.

 

Grandes feitos: Campeão do Mundial de Clubes da FIFA (2013), Campeão da Supercopa da UEFA (2013), Campeão da Liga dos Campeões da UEFA (2012-2013), Campeão Alemão (2012-2013), Campeão da Copa da Alemanha (2012-2013) e Campeão da Supercopa da Alemanha (2012). Foi o primeiro clube da Alemanha a conquistar a Tríplice Coroa (Campeonato nacional, Liga dos Campeões e Copa nacional).

Time base: Manuel Neuer; Philipp Lahm, Jérôme Boateng (Daniel Van Buyten), Holger Badstuber (Dante) e David Alaba; Bastian Schweinsteiger e Toni Kroos (Javi Martínez / Luiz Gustavo); Arjen Robben, Thomas Müller e Frank Ribery; Mario Gómez (Mario Mandzukic / Claudio Pizarro). Técnicos: Jupp Heynckes (2011-2013) e Pep Guardiola (2013).

“Der Treble bávaro”

Por Guilherme Diniz

Munique, 19 de maio de 2012. Depois de empatar em 1 a 1 no tempo normal e perder um pênalti na prorrogação, o Bayern é derrotado, nos pênaltis, pelo antipático Chelsea-ING e vê a chance de ser pentacampeão europeu ruir em plena Allianz Arena e diante de sua apaixonada torcida. A decepção era enorme e visível em todos os jogadores alemães, principalmente em Bastian Schweinsteiger, que desperdiçou a última cobrança bávara. De nada adiantou eliminar o Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu nas semifinais. Muito menos derrotar com um pé nas costas o Olympique nas quartas. Os incríveis 7 a 0 no Basel, nas oitavas, também foram em vão. A “velhinha orelhuda” havia escapado de novo, como em 2010. Onde é que o time errava? Será que aqueles jogadores estavam fadados ao fracasso? Não. Certos acontecimentos servem para ensinar alguma coisa, mostrar o que fazer e o que não fazer para se alcançar os objetivos. E foi isso que o Bayern München fez.

A diretoria não demitiu o “perdedor” Jupp Heynckes, não fez a limpa no elenco e não deixou a crise se instaurar na Baviera. Pelo contrário. O elenco foi mantido, pontuais peças foram contratadas e o Bayern encontrou o futebol que tanto ele precisava. Na temporada 2012-2013, foi a hora da desforra. O Campeonato Alemão foi conquistado de maneira épica e recheado de recordes. Na Liga dos Campeões, uma campanha coesa e segura, que teve capítulos sublimes a partir das quartas de final. Juventus? Derrotada em Munique e em Turim. Barcelona? Atropelado em Munique e em Barcelona, com direito a olé e 7 a 0 no placar agregado.

Na decisão, a doce vingança contra a pedra na chuteira das temporadas anteriores, o Borussia Dortmund, com o gol da vitória marcado pelo vilão de 2012, o holandês Arjen Robben. Para coroar a temporada de ouro, uma Copa da Alemanha conquistada de maneira relativamente fácil contra o Stuttgart. Estava sacramentada a inédita Tríplice Coroa, algo que nem o Bayern de Beckenbauer, Gerd Müller e Sepp Maier conseguiu nos anos 70. Nunca um Bayern foi tão letal e eficiente como o de Heynckes. Mas o caminho do sucesso teve vários e complicados percalços. É hora de relembrar.

 

O futuro de vitórias vem das derrotas

Milito comemora: derrota na Liga de 2010 para a Inter foi apenas o começo do drama alemão na Europa.
Milito comemora: derrota na Liga de 2010 para a Inter foi apenas o começo do drama alemão na Europa.

 

A base que renderia frutos históricos ao Bayern começou a ser montada na temporada 2009-2010 pelo então técnico holandês Louis van Gaal. O time alemão se reforçou com as chegadas do holandês Arjen Robben, do croata Ivica Olic e do alemão Mario Gómez. Além disso, van Gaal começou a promover talentos da base do clube como Thomas Müller, e transformou o então meia Bastian Schweinsteiger em um jogador polivalente do meio de campo, que começou a se destacar, também, como volante. A equipe conseguiu naquela temporada os títulos do Campeonato Alemão e da Copa da Alemanha, ficando a uma taça de conquistar a Tríplice Coroa. Na campanha da Liga dos Campeões, o time foi avançando muito graças ao regulamento. Segundo colocado na fase de grupos, o Bayern passou pela Fiorentina-ITA nas oitavas com uma vitória por 2 a 1 em casa e derrota por 3 a 2 fora. Nas quartas, nova vitória por 2 a 1 em casa e derrota por 3 a 2 fora para o Manchester United-ING. Apenas na semifinal que o time conseguiu vencer os dois jogos: 1 a 0 em casa e 3 a 0 fora, contra o Lyon-FRA.

Louis van Gaal, técnico do Bayern que por pouco não faturou o Treble em 2009-2010.
Louis van Gaal, técnico do Bayern que por pouco não faturou o Treble em 2009-2010.

 

Na final, em Madrid, contra a Internazionale-ITA de José Mourinho, o Bayern teve a bola na maior parte do tempo em seus pés (68%), mas sucumbiu e perdeu por 2 a 0. Na temporada seguinte, o time se mostrou obsoleto e sem criatividade e foi eliminado logo nas oitavas de final da Liga dos Campeões para o algoz de 2010, a Inter, e Louis van Gaal foi demitido em abril de 2011. Com novos nomes como Toni Kroos e Luiz Gustavo, o clube alemão tinha um ótimo elenco, mas faltava um treinador que desse um padrão de jogo competitivo e com estilo próprio ao time. Foi então que a diretoria contratou Jupp Heynckes, que comandou o clube já na temporada 2011-2012 com o objetivo de colocar o Bayern de volta aos trilhos.

 

Fregueses dos aurinegros

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Jupp Heynckes começou a temporada ganhando de presente mais reforços, entre eles o ótimo goleiro Manuel Neuer e o defensor Jérôme Boateng. Mas nem mesmo o bom elenco e a ótima fase do artilheiro Mario Gómez (que terminaria a temporada com 41 gols marcados) ajudou o Bayern a levantar títulos. Na Bundesliga, o time virou freguês de carteirinha do Borussia Dortmund, que derrotou os bávaros em Munique (1 a 0) e em Dortmund (1 a 0). Os triunfos se somaram às vitórias da temporada anterior (2 a 0 em Dortmund e 3 a 1 em Munique), dando um retrospecto amplamente favorável aos aurinegros: quatro jogos e quatro vitórias, além do bicampeonato alemão assegurado e o Bayern com o vice.

Na Copa da Alemanha, o time vermelho eliminou Eintracht Braunschweig (3 a 0), FC Ingolstadt 04 (6 a 0), Bochum (2 a 1), Stuttgart (2 a 0) e o Borussia Mönchengladbach (0 a 0 e 4 a 2 nos pênaltis) até chegar à final contra… O Borussia Dortmund. Jogando em Berlim, os bávaros voltaram a perder, dessa vez de goleada: 5 a 2, com show de Kagawa e Lewandowski (autor de três gols). O novo vice veio uma semana antes da final da Liga dos Campeões, competição que seria a salvação do Bayern na temporada. E que ele dava toda a pinta de que iria ganhar.

 

O sonho possível

Jupp Heynches: mesmo com os vices, o treinador ainda faria história na Baviera.
Jupp Heynckes: mesmo com os vices, o treinador ainda faria história na Baviera.

 

Lá no início da temporada, o Bayern já sabia que a decisão da Liga dos Campeões da UEFA de 2012 seria na Allianz Arena, casa do clube. Levantar a quinta taça europeia diante de sua torcida, no dia 19 de maio, era tudo o que os bávaros queriam. E foi em busca desse sonho que o time começou a trabalhar.

Depois de passar pelo play-off com duas vitórias (2 a 0 e 1 a 0) sobre o Zurich-SUI, o Bayern venceu quatro dos seis jogos da fase de grupos e ficou na primeira colocação do Grupo A, à frente de Napoli-ITA, Manchester City-ING e Villarreal-ESP. Nas oitavas de final, uma derrota fora contra o Basel-SUI por 1 a 0 pegou muita gente de surpresa, mas em casa o Bayern mostrou sua força e massacrou os suíços: 7 a 0, com quatro gols de Gómez, dois de Robben e um de Müller. Nas quartas de final, duas vitórias fáceis contra o Olympique de Marselha (2 a 0 na França e 2 a 0 em Munique) garantiram os alemães em mais uma semifinal. No entanto, o desafio seria enorme: o Real Madrid-ESP de Cristiano Ronaldo e José Mourinho.

 

La Bestia Negra

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Historicamente, o Bayern sempre se deu bem contra o Real Madrid em jogos eliminatórios. E na semifinal da Liga de 2011-2012 não foi diferente. No primeiro jogo, em Munique, Ribéry abriu o placar para os alemães aos 17´do primeiro tempo, mas Özil empatou para os espanhóis no segundo tempo. Quando todos achavam que o 1 a 1 iria mesmo ser o resultado final, Mario Gómez, no finalzinho, deu a vitória ao Bayern. Na volta, Cristiano Ronaldo fez 2 a 0 para o Real com apenas 14 minutos e o Santiago Bernabéu se encheu de esperança. Porém, o Bayern descontou com Robben, de pênalti, e poderia até ter empatado nas várias chances que teve. O jogo ficou mesmo no 2 a 1 e a vaga na final foi decidida nos pênaltis. Na marca da cal, brilhou a estrela de Neuer, que garantiu o placar de 3 a 1 ao defender as cobranças de Cristiano Ronaldo e Kaká e ver Sergio Ramos chutar na lua. O Bayern, pela segunda vez em três anos, estava na final da Liga. E pronto para ser campeão jogando em casa.

Neuer pega o pênalti de Cristiano Ronaldo e vira o herói alemão da semifinal.
Neuer pega o pênalti de Cristiano Ronaldo e vira o herói alemão da semifinal.

 

O doloroso vice

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Na decisão da Liga dos Campeões de 2012, o Bayern teve pela frente o Chelsea-ING, que chegava à decisão graças ao futebol de resultados, defensivo e baseado mais na base do chutão e da sorte do que propriamente do talento. Ambas as equipes estavam desfalcadas para o duelo. No Bayern, Alaba, Badstuber e Luiz Gustavo não podiam jogar por conta de suspensões, bem como Ivanovic, Raul Meireles, Ramires e John Terry do lado azul. O ambiente do jogo era todo favorável ao Bayern, que tinha o apoio maciço de sua torcida e sua própria casa como palco. Ser pentacampeão naquele dia 19 de maio de 2012 era questão de honra para o time bávaro, que já amargurava dois vices na temporada. Mas tudo deu errado.

O time dominou a partida, criou as melhores chances, mas pecava na hora de concluir e na sempre chata defesa do Chelsea. Quando o jogo parecia ir para a prorrogação, Thomas Müller aproveitou um cruzamento da esquerda e cabeceou firme, forte, sem chances para Peter Cech: 1 a 0. Faltando apenas sete minutos para o fim, a torcida tinha como certa a conquista da Liga. Mas o Bayern já havia perdido títulos importantes em momentos derradeiros, como bem sabia a torcida alemã (vide as finais das Ligas dos Campeões de 1987 e 1999). Aos 43´do segundo tempo, bola na área alemã e o marfinense Didier Drogba empatou, de cabeça. A decisão teria mais meia hora de angústia.

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Na prorrogação, logo aos cinco minutos, pênalti para o Bayern. Mais uma chance de ouro para o penta. Robben, o jogador mais zicado do planeta à época, foi para a cobrança. Como era de se esperar, ele bateu fraquíssimo, para a fácil defesa de Cech. O jogo seguiu, ninguém marcou gol, e a final foi para os pênaltis. Nas cobranças, Mata perdeu logo de cara para o Chelsea e o Bayern acertou seus três primeiros chutes, mas Olic e Schweinsteiger desperdiçaram na sequência e o Chelsea calou a Allianz Arena ao vencer por 4 a 3, com o gol do título marcado por Drogba, o mesmo carrasco dos primeiros 90 minutos. O Bayern encerrava sua terceira competição da temporada com o terceiro vice, este o mais doloroso de todos, amargo e perdido em casa, diante de sua torcida, de seu país. A honra bávara estava abalada. Como encontrar força para reconstruir todo o caminho de volta?

No Bayern da final da Liga de 2012, os desfalques pesaram, claro, mas faltou poder de decisão e mais pontaria ao time.
No Bayern da final da Liga de 2012, os desfalques pesaram, claro, mas faltou poder de decisão e mais pontaria ao time.

 

Fim do estigma

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Mesmo com três vices, o técnico Jupp Heynckes manteve-se intacto no comando do Bayern para a temporada 2012-2013 e ainda celebrou a manutenção do elenco e as contratações de Shaqiri, Dante, Mandzukic e Javi Martínez. Não tinha clube no mundo com um elenco tão forte como o Bayern. Nem o Barcelona, ainda badalado, podia com a força do conjunto alemão. Neuer, Riedmüller, Dante, van Buyten, Boateng, Lahm, Alaba, Badstuber, Ribéry, Martínez, Robben, Müller, Luiz Gustavo, Schweinsteiger, Kroos, Mandzukic, Gómez… Eram várias as peças para que Heynckes pudesse manter e até mesmo melhorar o esquema tático do time. E foi o que ele fez.

O Bayern passou a usar e abusar ainda mais das pontas do campo e a melhorar a pontaria e o poder de decidir um jogo, características que tanto faltaram na temporada anterior, principalmente na final contra o Chelsea. Logo na primeira decisão da temporada, a Supercopa da Alemanha, o time encarou a “asa negra” Borussia Dortmund e pôs fim a sina de derrotas ao vencer por 2 a 1, gols de Mandzukic e Müller. Tempo depois, por conta de uma contusão, Robben deixou de atuar em várias das partidas do time e Heynckes esboçou uma equipe com três homens no meio de campo (Martínez, Kroos e Schweinsteiger) e três no ataque (Ribéry, Müller e Mandzukic). Com algumas variações, o time estava pronto para recuperar o trono na Alemanha. E como estava…

 

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Schweinsteiger vibra contra o Eintracht: Bayern foi o maior dos campeões da Bundesliga na história.
Schweinsteiger vibra contra o Eintracht: Bayern foi o maior dos campeões da Bundesliga na história.

 

A campanha do Bayern na Bundesliga começou de maneira sensacional. O time venceu os oito primeiros jogos categoricamente e sem levar sustos: 3 a 0 no Greuther Fürth, 6 a 1 no Stuttgart, 3 a 1 no Mainz, 2 a 0 no Schalke 04, 3 a 0 no Wolfsburg, 2 a 0 no Werder Bremen, 2 a 0 no Hoffenheim e 5 a 0 no Fortuna Düsseldorf. A equipe só conheceu a derrota na nona rodada, quanto perdeu em casa para o Bayer Leverkusen por 2 a 1. Mas aquilo foi apenas um acidente de percurso. A partir da décima rodada, os bávaros não iriam perder um jogo sequer e quebrariam todos os recordes possíveis. Os vermelhos venceram todos os jogos que disputaram da 18a até a 31a rodada, incluindo uma goleada humilhante em cima do Hamburgo na Allianz Arena: 9 a 2. A equipe conquistou o título nacional com seis rodadas de antecipação e quebrou tantos recordes que é preciso listá-los para que você, leitor, não se perca. Vamos a eles:

  • Maior número de pontos em uma temporada: 91 pontos
  • Maior vantagem sobre o segundo colocado na história: 25 pontos
  • Time que foi campeão com maior antecipação: seis rodadas
  • Maior tempo na liderança: todas as rodadas
  • Maior número de vitórias: 29
  • Maior número de vitórias consecutivas: 14
  • Menor número de derrotas: 1
  • Menor número de gols sofridos: 18
  • Maior número de jogos sem levar gols: 21
  • Maios saldo de gols: +80 gols
  • Maior número de vitórias fora de casa: 15
  • Maior número de pontos conquistados fora de casa: 47
  • Melhor início de temporada na história: 8 vitórias seguidas

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Foi “só” isso que o Bayern München conseguiu fazer na campanha de seu 23o título nacional. O time venceu 29, empatou quatro e perdeu um jogo em 34 jogos, com 98 gols marcados e 18 sofridos. A única equipe que o Bayern não conseguiu vencer nos dois turnos foi o Borussia Dortmund, vice-campeão, com dois empates em 1 a 1. Sem rivais em casa, o time tinha outra meta a cumprir: conquistar a Europa.

 

O caminho de volta

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Chegar a uma final de Liga dos Campeões é a missão mais difícil para um clube no mundo. O torneio é cheio de surpresas, caminhos traiçoeiros e adversários gigantescos, porém, o Bayern estava mais do que calejado para não cair em armadilhas na competição de 2012-2013. O grupo do time alemão não era difícil, mas os vermelhos levaram um baita susto logo na segunda rodada. Depois de vencer o Valencia-ESP por 2 a 1 em casa, a equipe viajou até Belarus para enfrentar o BATE Borisov, que surpreendeu os alemães e venceu por 3 a 1.

A derrota ligou o alerta no time de Munique, que não se abateu e tratou de garantir o quanto antes a classificação nas partidas seguintes. Os bávaros venceram o Lille-FRA por 1 a 0 fora e 6 a 1 em casa, empataram com o Valencia fora em 1 a 1 e golearam a zebra BATE por 4 a 1 em casa. Classificados, os alemães começaram a saga do mata-mata contra o Arsenal-ING, que não viu a cor da bola na partida de ida, em Londres, e perdeu por 3 a 1, com gols de Kroos, Müller e Mandzukic. Na volta, o Bayern relaxou e perdeu em casa por 2 a 0, resultado que garantiu os alemães nas quartas de final.

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O adversário seguinte foi a Juventus-ITA, que vinha fazendo uma ótima campanha e estava invicta na competição. Mas os italianos não conseguiram segurar os alemães na Allianz Arena, que abriram o placar logo com um minuto de jogo com Alaba. No segundo tempo, Müller ampliou e deu a vitória por 2 a 0. Em Turim, Mandzukic e Pizarro marcaram os gols de mais uma vitória alemã por 2 a 0, resultado que garantiu a classificação para a semifinal. Era hora de encarar o teste definitivo para ver o quão madura estava a equipe de Munique: o Barcelona-ESP.

 

Nova ordem mundial

Müller vibra: chocolate em Munique.
Müller vibra: chocolate em Munique.

 

Desde 2009, o mundo do futebol passou a ser dominado por um só clube: o Barcelona de Messi, que colecionou títulos e mostrou uma nova maneira de se jogar com toques em profusão, gols estritamente planejados e jogadas fantásticas com as assinaturas de Xavi, Iniesta e Cia. Porém, no dia 23 de abril de 2013, esse protagonismo foi passado para outra equipe com tantas estrelas quanto o time catalão: o Bayern. O que se viu na Allianz Arena, em Munique, naquele primeiro embate da semifinal da Liga dos Campeões, foi surreal. Como nos últimos anos, o Barcelona tocava, tocava e tocava, mas não conseguia criar absolutamente nada.

O Bayern era a mais pura eficiência defensiva aliada à marcação compacta. Schweinsteiger e Martínez davam show de desarmes e de toques de bola precisos, Robben e Ribéry infernizavam os catalães pelas pontas e os alemães eram muito mais incisivos e precisos com a bola no pé do que os espanhóis. Müller abriu o placar aos 25´ após uma das ótimas jogadas aéreas do time. Mario Gómez fez o segundo aos 4´ do segundo tempo também após um cruzamento na área. Tempo depois, Robben marcou um golaço: 3 a 0. Faltando oito minutos para o fim, jogada pela esquerda, cruzamento rasteiro para o meio da área e Müller, de novo, decretou a goleada histórica: 4 a 0. O Barcelona tomava seu maior chocolate na “Era Messi” e o Bayern mostrava para o mundo quem é que dava as cartas no futebol a partir daquele dia. Foi um show, um massacre, um exemplo de como aproveitar as chances criadas e transformá-las em gols, em pinturas. Só um desastre tiraria os vermelhos da final.

Valdés busca a bola pela quarta vez no gol do Barça na Allianz Arena.
Valdés busca a bola pela quarta vez no gol do Barça na Allianz Arena.

 

Der Olé

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A partida de volta da semifinal foi em um Camp Nou lotado e esperançoso. Os torcedores blaugranas esperavam uma “remontada” como no confronto contra o Milan-ITA, nas oitavas, quando o Barça fez 4 a 0 e conseguiu a classificação para as quartas de final. Mas, sem Messi e totalmente apáticos, os catalães foram presas fáceis para o Bayern. Depois do 0 a 0 no primeiro tempo, os alemães liquidaram os espanhóis como se estivessem treinando para um jogo qualquer da Bundesliga. Robben abriu o placar logo no comecinho, aos três minutos. Aos 27´, Piqué tentou cortar, mas colocou a bola bisonhamente dentro do gol: 2 a 0. O mesmo Piqué tentou resolver sozinho alguns minutos depois, mas foi desarmado e deu de presente um contra-ataque para o Bayern matar de vez o jogo na bola aérea, com Müller: 3 a 0.

Era um massacre absolutamente incrível na Espanha. O Bayern desfilava pelo Camp Nou e tocava a bola como o Barcelona tanto tocou durante anos, com a audácia de ter gritos de “olé” ecoando pelo estádio azul e grená. Ao apito do árbitro Damir Skomina (ESL), estava mais do que carimbada a vaga alemã para a final da Liga dos Campeões de 2013, a terceira em quatro anos. Mais do que nunca, o Bayern era favorito, era adorado e colocado nas alturas pela imprensa mundial, que tachava o “fim da Era Messi” e a ascensão da nova ordem mundial, a alemã, principalmente com a classificação de outro clube germânico para a decisão: o Borussia Dortmund.

 

A consagração no maior dos palcos

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O Bayern München perdeu a Liga dos Campeões de 2012 jogando em casa, mas quis o destino que um ano depois o mesmo Bayern tivesse a chance de conquistar o sonhado pentacampeonato no mais emblemático estádio do mundo, Wembley, e na primeira final alemã da história da competição. O adversário não poderia vir em melhor hora: o Borussia Dortmund, aquele mesmo que tanto bateu no Bayern em 2010, 2011 e 2012. Ao contrário da temporada anterior, o Bayern jogava completo e não tinha nenhum desfalque, já o Borussia não contava com Mario Götze, “supostamente” com uma lesão, mas que não iria jogar muito mais pelo fato de já estar vendido ao próprio Bayern.

Era a chance do penta, de pôr fim à síndrome dos vices, de matar um rival preso há anos na garganta e de comprovações pessoais para vários personagens do Bayern como Lahm, Schweinsteiger e, principalmente, Robben e o técnico Jupp Heynckes. Robben era sempre tachado de pé-frio e de falhar em decisões, como nas finais da Liga dos Campeões de 2010 e 2012 e da Copa do Mundo de 2010. Já Heynckes queria encerrar seu ciclo no Bayern com o maior dos títulos e entregar um elenco em alta e de bem com a vida para o seu sucessor, o espanhol Pep Guardiola.

O jogo começou com domínio do Borussia, que tentava a todo custo o gol, mas parava no inspirado goleiro Neuer. Depois dos vinte minutos, o Bayern assumiu o protagonismo, mas era contido pelo goleirão Weidenfeller. No segundo tempo, o Bayern tomou as rédeas definitivas com seu equilíbrio, sangue frio e a incrível capacidade de suportar pressões. Mandzukic abriu o placar aos 15´, após boa jogada entre Ribéry e Robben. Oito minutos depois, pênalti bobo de Dante em cima de Reus. Gundogan cobrou bem e empatou para o Borussia. Todos achavam que a final iria novamente para a prorrogação, para desespero dos torcedores do Bayern, que viam a cada piscar de olhos o filme do ano anterior e os fantasmas vestidos de azul.

Robben chuta fraco...
Robben chuta fraco…

 

... Faz o gol do título...
… Faz o gol do título…

 

... E extravasa! Sai, zica!
… E extravasa! Sai, zica!

 

Mas uma pessoa não estava a fim de correr mais 30 minutos: Arjen Robben. O holandês enterrou de vez a fama de zicado aos 44´do segundo tempo quando recebeu um passe na medida de Ribéry, avançou e chutou no canto oposto do goleiro do Borussia, fraquinho, mas o suficiente para entrar: 2 a 1 Bayern! Aquele gol decretava a vitória bávara, o fim do trauma dos gols dos adversários nos minutos finais e a pecha de “eternos vices”. Naquela noite de 25 de maio de 2013, o Bayern München conquistava o sonhado pentacampeonato europeu, com justiça e com futebol bem jogado, limpo e extremamente eficiente.

Nunca um time mereceu tanto um título como aquele Bayern, que levantou a Velhinha Orelhuda no ponto mais alto da noite de Wembley, onde os deuses do futebol agradeceram como nunca a consagração daquele esquadrão vermelho, que venceu 10, empatou um e perdeu apenas dois dos 13 jogos que disputou, com 31 gols marcados e 11 sofridos. Mas ainda tinha mais…

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No Bayern de 2013, Heynches encontrou o equilíbrio, a pontaria e a precisão que tanto fizeram falta na temporada anterior. Resultado: um time imortal.
No Bayern de 2013, Heynckes encontrou o equilíbrio, a pontaria e a precisão que tanto fizeram falta na temporada anterior. Resultado: um time imortal.

 

Enfim, o Treble!

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Paralelo às disputas da Bundesliga e da Liga dos Campeões, o Bayern München teve outra competição em jogo: a Copa da Alemanha. E ela não foi, em nenhum momento, menosprezada. A equipe despachou Jahn Regensburg (4 a 0), Kaiserslautern (4 a 0), Augsburg (2 a 0), Borussia Dortmund (1 a 0) e Wolfsburg (6 a 1) até chegar à final contra o Stuttgart. Em Berlim, no dia 1o de junho, os bávaros jogaram o básico para vencer por 3 a 2 e conquistar um inédito, histórico e sublime Treble (Liga, Campeonato e Copa). Nem o time de Beckenbauer e Gerd Müller dos anos 70, considerado até hoje como o melhor Bayern de todos os tempos, conseguiu o que o timaço de Jupp Heynckes conseguiu. Era a taça final em uma temporada ideal e que jamais deveria terminar. Ao todo, o time disputou 54 jogos oficiais, venceu 46, empatou cinco e perdeu apenas três. Isso mesmo, o Bayern München perdeu apenas três dos 54 jogos que disputou na temporada 2012-2013! Foram 151 gols marcados e 33 sofridos, resultando em um aproveitamento de 85%. Perfeição existe? Para o Bayern, sim!

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Tempos inesquecíveis

Heynches e Guardiola: sai um campeão, entra outro multicampeão.
Heynckes e Guardiola: espanhol não conseguiu manter a hegemonia bávara na Europa.

 

A temporada 2012-2013 ficou marcada para sempre na história do Bayern München e do futebol mundial como exemplo de regularidade, força e talento de sobra. Jupp Heynckes deixou para Pep Guardiola, badalado treinador para a temporada 2013-2014 do clube bávaro, um time vencedor e coeso taticamente. Uma pena que o espanhol não conseguiu manter a hegemonia na Europa (no âmbito internacional ele venceu a Supercopa da UEFA e o Mundial de Clubes da FIFA, ambos em 2013) e viu Real Madrid e Barcelona voltarem a dominar o noticiário. Quem se deu bem foi a Alemanha, campeã do mundo em 2014 com praticamente toda a base do Bayern. No fim, as façanhas ficaram mesmo para o Bayern de Heynckes, um esquadrão recordista, pioneiro e mais do que imortal.

 

Os personagens:

Manuel Neuer: grata revelação alemã na época, o goleiro seguiu a tradição germânica de apresentar ao mundo goleiros simplesmente incríveis. Neuer demonstrou desde o início segurança, elasticidade, personalidade e força nos momentos decisivos. Com um sistema defensivo tão bem montado por Heynckes, foi bem pouco exigido na temporada 2012-2013, mas estava lá quando preciso para garantir a meta bávara intacta, como nos jogos contra o Borussia, na final da Liga de 2013, além dos duelos contra o Real Madrid em 2012. Neuer foi também intocável na seleção alemã campeã do mundo em 2014.

Philipp Lahm: cria do Bayern, Lahm já é um dos maiores jogadores da história do clube. Lateral-direito impecável na marcação, no apoio ao ataque e nos passes e desarmes, foi um líder natural que chamava a responsabilidade para si e ajudava o time de todas as maneiras. Foi capitão do Bayern e da seleção alemã, pela qual já disputou as Copas de 2006, 2010 e 2014. Pendurou as chuteiras em 2017. Leia mais sobre ele clicando aqui!

Jérôme Boateng: não tinha tanta eficiência com a bola nos pés, mas se garantia na força física, nas bolas aéreas e na velocidade. Formou uma dupla de zaga memorável com Dante na temporada 2012-2013 e se tornou uma das principais peças do esquema do técnico Heynckes. Muito versátil, podia atuar em vários setores da defesa.

Daniel Van Buyten: zagueirão com quase 2m de altura, o belga se revezou com Boateng e Dante na zaga do Bayern na temporada do Treble. Muito forte nas jogadas aéreas, só pecava nas disputas em velocidade e no mano a mano.

Holger Badstuber: era titular absoluto do Bayern até perder espaço para Dante e devido a uma contusão no joelho. Muito eficiente tanto na zaga como na lateral-esquerda, o jovem alemão foi outro revelado pelo clube.

Dante: faltava à zaga do Bayern alguém que tivesse mais qualidade no passe e nas saídas de jogo. E o brasileiro chegou para se transformar rapidamente em um dos titulares absolutos do técnico Jupp Heynckes. Muito forte e eficiente nas jogadas aéreas, Dante foi crucial para os números impressionantes do Bayern na temporada 2012-2013. Jogou muito, foi convocado diversas vezes para a seleção brasileira e se valorizou. Só não precisava ter feito um pênalti tão bobo e perigoso na final da Liga dos Campeões contra o Borussia! Nos anos seguintes, acabou caindo demais de produção e deixou Munique.

David Alaba: meio-campista de origem, virou titular absoluto da lateral-esquerda graças ao técnico Heynckes. O austríaco vez ou outra cometia erros de marcação, mas demonstrava muita segurança com a bola nos pés e foi uma arma muito boa pelo lado esquerdo, principalmente ajudando o francês Ribéry no ataque.

Bastian Schweinsteiger: mais um revelado pelo Bayern, Schweinsteiger foi um dos maiores craques alemães dos anos 2000 e 2010. Podia jogar em qualquer posição do meio de campo e era simplesmente impecável na armação, marcação, desarme e nos passes. Motor do time e um dos líderes do elenco, além de ser extremamente identificado com a torcida, Schweinsteiger viveu o inferno ao perder um pênalti na final da UCL de 2012 e foi o retrato do drama bávaro naquele ano, mas deu a volta por cima e conquistou o título que ele tanto merecia em 2013. Ídolo em Munique e também da Alemanha, Schweinsteiger disputou as Copas de 2006, 2010 e 2014.

Toni Kroos: outro que foi titular do Bayern por muito tempo até se contundir, Kroos tinha eficiência na marcação e no apoio ao ataque, sendo um dos elementos surpresa que constantemente marcava gols pelo time. Foi fundamental na primeira fase da UCL de 2012-2013 e no primeiro jogo das oitavas de final contra o Arsenal. Disputou as Copas de 2010, 2014 e 2018 pela Alemanha. Virou ídolo, também, no Real Madrid multicampeão europeu entre 2016 e 2018.

Javi Martínez: revelado pelo Athletic Bilbao-ESP e uma das estrelas da ótima temporada da equipe espanhola em 2011-2012, Martínez chegou ao Bayern como a maior contratação da história do clube (40 milhões de euros), mas justificou cada centavo gasto com um futebol de altíssima qualidade tanto na marcação do meio de campo quanto no apoio às estrelas do ataque.

Luiz Gustavo: deu azar de se machucar justo quando Martínez chegou. Com isso, foi para o banco, mas era um dos reservas que mais atuaram pelo Bayern na temporada do Treble. Polivalente, o brasileiro atuava no meio de campo e também na lateral-esquerda.

Arjen Robben: o holandês, antes de 2013, jogava bem durante as várias competições que disputava, mas dava muito azar nas decisões. Porém, Robben calou tudo e todos na temporada 2012-2013. O astro do Bayern jogou muito, marcou gols em vários jogos decisivos e, acredite, não falhou na final da Liga dos Campeões! Muito mais que isso, Robben marcou o gol do título do Bayern e foi o principal responsável por enterrar a fama de derrotismo que já assolava tanto o clube alemão como ele próprio. Não é à toa que o holandês chorou como criança ao final do jogo. Atacante arisco e que faz de tudo com uma endiabrada perna esquerda, Robben foi a principal arma ofensiva do Bayern na reta final da temporada e um dos destaques do time, além de ter acabado com o Barcelona na semifinal ao marcar gol nos dois jogos.

Thomas Müller: o mundo já havia conhecido Müller na Copa de 2010, quando o alemão se tornou a maior revelação do Mundial e um dos artilheiros. Mas foi com a camisa do Bayern, seu clube desde sempre, que o atacante manteve a sina dos ótimos “Müller” na Baviera e amadureceu como atleta. O atacante foi um dos principais responsáveis pelo brilho da equipe em 2012 e 2013 com gols e um futebol muito solidário e operário ao ajudar na marcação, roubar bolas dos adversários e jogar com muita gana e raça. Vibra demais com seus gols e tem o Bayern em suas veias, fazendo o papel de torcedor-jogador. Ídolo da torcida.

Franck Ribéry: outro craque no meio de campo e ataque do Bayern, o francês Ribéry foi simplesmente perfeito na temporada 2012-2013. Grande articulador e principal garçom do time (foram 14 assistências só na Bundesliga), o craque foi um dos principais nomes do time com muita precisão nos passes e nos chutes, além de crescer nos momentos decisivos, vide o passe para o gol de Robben na decisão da Liga. Marcou muitos gols e foi essencial no esquema do técnico Heynckes. Leia mais sobre ele clicando aqui!

Mario Gómez: o “Super Mario” viveu seu grande momento na temporada 2011-2012, quando foi o artilheiro do time com 41 gols. Fez grandes partidas e se consagraria em definitivo com o título europeu daquele ano, mas o vice foi bem amargo para ele. Mesmo com a reserva em grande parte da temporada 2012-2013, por conta de uma lesão, Gómez foi importante quando entrou e marcou vários gols decisivos tanto na UCL quanto na Copa da Alemanha. Muito querido pelos torcedores.

Mario Mandzukic: outro que se deu bem com “contusões alheias”, o croata Mandzukic chegou e assumiu a titularidade do ataque bávaro com muitos gols, grandes atuações, eficiência na finalização e muito ágil. Foi o artilheiro do time na Bundesliga com 15 gols e abriu o placar na final da UCL contra o Borussia.

Claudio Pizarro: atacante de longa data do Bayern, Pizarro jogou de 2001 até 2007 na equipe de Munique, saiu do time e voltou em 2012 para ser um reserva de luxo e marcar alguns gols importantes na Bundesliga, principalmente na goleada de 9 a 2 pra cima do Hamburgo, quando anotou quatro gols.

Jupp Heynckes e Pep Guardiola (Técnicos): quando era jogador, Heynckes foi um dos maiores atacantes da história do futebol alemão e ídolo no Borussia Mönchengladbach dos anos 70. Quando virou treinador, mostrou ter a mesma estrela dos tempos de juventude e faturou vários títulos, incluindo uma Liga dos Campeões em 1997-1998 pelo Real Madrid. Mas foi no Bayern München que Heynckes provou seu talento ao construir uma equipe sensacional, competitiva, letal e precisa, que soube aprender com as derrotas como dar a volta por cima e fazer história.

Se estivesse no Brasil, Heynckes certamente não ia resistir a três vices em uma só temporada (em 2011-2012) e seria demitido. Mas o Bayern apostou no treinador, que calou tudo e todos com shows, goleadas e um time fascinante. Heynckes ainda não decidiu se vai se aposentar ou seguir no mundo do futebol, mas o fato é que ele já está no rol dos imortais. Depois dele, Pep Guardiola manteve a pegada vencedora do time em território nacional e também venceu a Supercopa da UEFA e o Mundial de Clubes, mas não conseguiu repetir o sucesso na Liga dos Campeões, que passou a ser dominada pelos times da Espanha nos anos seguintes.

jupp bye

 

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Comentários encerrados

15 Comentários

  1. Excelente registro! Porém, em razão do período compreendido, faltou incluir na galeria de grandes feitos a Copa do Mundo de Clubes da FIFA e a Supercopa da UEFA, conquistadas pelos bávaros em 2013. Parabéns pelas ótimas matérias sobre o futebol mundial!

  2. O que vc acha de relatar o Bayern 2000-2001 campeao da champions
    Ou a Roma de 2000-20001 campea italiana
    Sem esqueçer do Chelsea de 2011-2012 e o Liverpool de 2004-2005 campeoes da champions.
    Se vc fara,estou no aguardo. Se nao fara,so me explique porque?
    Muito Obrigado. abraço…

      • Olá olha eu aqui novamente também concordo com sua tese, na minha opinião aquele Chelsea ganhou mais na base da sorte do que no talento não merecia nem ir pra final quanto mais ganhar o titulo da Champions 2011-2012 a conquista daquele Chelsea foi uma tristeza para aqueles que são amante do bom futebol.

  3. Gostei muito da forma como vc descreveu esses ultimos quatros anos do Bayern,so acho que o Badstuber nao é um jogador do porte de Dante ou Boateng, acho ele muito vuneravel e afobado.

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